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Na visão do presidente Giovani Gionédis, o Coritiba terá apenas uma tacada para retornar à Primeira Divisão. Se não voltar neste ano, com um orçamento ainda mais enxuto em 2007 – 25% do que o clube recebia da televisão na época do rebaixamento, algo em torno de R$ 2,75 milhões –, as chances diminuirão consideravelmente.

Para não ficar na tentativa e frustrar mais uma vez o torcedor, a diretoria aposta suas fichas na experiência. Na bagagem de um elenco rodado, mas que desconhece os segredos da Série B.

Do time titular idealizado por Estevam Soares, há dois veteranos em Segundona: o goleiro Kléber, vice-campeão com o Goiás em 1994, e o lateral-direito Andrezinho, ex-São Raimundo (2004) e Vila Nova (2005). Exceção também ao meia Jackson, que disputou algumas partidas pelo Ituano em 2004, os demais da equipe são formadas exclusivamente por estreantes na divisão de acesso do Brasileiro.

É o caso de Índio. O zagueiro de 31 anos passou oito temporadas em clubes da Série A, além de três anos pelo Beitar Jerusalém, de Israel. O que ele conhece sobre a Segunda Divisão aprendeu em frente à televisão.

"Espero que esta seja a primeira, a última e única vez que vou jogar a Série B. Não podemos mais errar. E se tudo der certo, no fim do ano só falaremos em Primeira Divisão aqui no Coritiba", comentou o defensor.

Para que o desejo de Índio vire realidade, os calouros procuram seguir os conselhos de Kléber, 36 anos, o mais velho do elenco. Novo dono da camisa 1 devido à contusão de Artur – fraturou o maxilar e ficará de 60 a 90 dias afastado –, o jogador ensina como voltar à elite. "Temos de começar bem, entrar com todo o gás. Quanto mais pontos somarmos no início do campeonato, melhor", disse ele, que tenta reescrever a própria história dentro da competição. "Se Deus quiser agora vai ser melhor. Vice eu já fui, agora quero ser campeão", discursou.

A inexperiência coxa-branca parece não incomodar o técnico Estevam Soares. "O importante é ter jogador com bagagem, tanto faz se em Série A ou em Série B. Dentro de campo quem faz a diferença é o cara que sabe jogar bola", afirmou o treinador, que dirigiu o Náutico em 2001 na Segundona. "O campeonato hoje é totalmente diferente de tempos atrás, com times grandes e bons estádios. É muito parecida com a Primeira Divisão", completou.

Discurso semelhante é adotado pela cúpula alviverde. "Não vejo problema nenhum em ter poucos atletas com experiência em Segunda Divisão. Veja só: estão chegando o Luciano Santos, que fez um baita Paulistão pelo Noroeste, e o Caíco, que conhece tudo. Além deles, tem o William e o Fábio Pinto, que são rodados", explicou o assessor da presidência Capitão Hidalgo.

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