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O presidente Giovani Gionédis anunciou ontem o feito que considera o principal de toda a sua administração a frente do Coritiba: a quitação de R$ 11 milhões em dívidas com o banco Bradesco evitando a penhora do CT da Graciosa. O pagamento foi feito com o dinheiro da venda do lateral Rafinha, que foi para o Schalke 04, da Alemanha, por R$ 14,5 milhões. Com a liqüidação da dívida, o clube projeta a conclusão do Couto Pereira e a construção do novo centro de treinamentos, batizado pelo cartola como "Recanto dos Pangarés".

O débito com a instituição bancária começou em 1998, quando o Coxa tirou o ídolo Cléber do maior rival, o Atlético, no dia em que o atacante iria estrear no Rubro-Negro. A negociação, feita com o Mérida, da Espanha, foi feita com o dólar praticamente equiparado com o real. Porém, poucos meses depois, a moeda nacional desvalorizou-se e elevou as parcelas da negociação às alturas.

"Fico muito orgulhoso e honrado por quitar essa dívida. Para mim é mais importante do que trazer um atleta de renome. Resgatamos um patrimônio da família coxa-branca e vamos transformá-lo em um grande celeiro de craques", afirmou.

Com o "nome limpo" na praça, Gionédis pretende concluir o terceiro anel do Couto Pereira e remodelar o CT da Graciosa, o deixando apenas para as categorias de base. Uma nova área 4 km distante do atual CT já foi adquirida e está sendo projetada para ser o "Recanto dos Pangarés". Lá, um hotel, novos campos de treinamento e instalações mais modernas atenderão à equipe profissional.

Se livrar do maior credor do clube significa resolver somente parte dos problemas do Alviverde. Ainda restam aproximadamente R$ 25 milhões em dívidas com ex-conselheiros e impostos atrasados. Realista com as condições, o dirigente confessou que grandes investimentos só podem mesmo ser pensados a partir do ano que vem.

"Pagamos aproximadamente R$ 250 mil de dívidas mensais, é a folha inteira do Paraná. Com esse dinheiro, poderíamos contratar jogadores mais qualificados. Poderemos pensar apenas no futebol em 2007", revelou.

"Quem faz a conta tem que pagar. O Coritiba tinha uma dívida muito maior do que seu patrimônio. Se vendesse o CT e o estádio não pagaríamos. Era um fardo muito grande. Antes se gastava o dobro do que se arrecadava e acumulava o resto na dívida", complementou.

Para não falar apenas na parte financeira, o dirigente avaliou o atual momento da equipe. Demonstrou irritação com pontos perdidos em casa, mas se disse satisfeito com o desempenho no geral. "Estou satisfeito, tivemos pequenas falhas. Ainda há muita chance de chegar à Libertadores."

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