O primeiro jogo foi uma verdadeira "guerra", mas o Paraná saiu vitorioso com o convincente placar de 2 a 0| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Um dos lugares mais odiados pela torcida do Coritiba é a aposta do clube para sediar a Copa de 2014. O espaço onde fica o Pinheirão, palco de seguidos insucessos do clube (a única exceção foi o título estadual de 1999), pode virar a nova casa coxa-branca.

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O presidente Giovani Gionédis convocou uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo para ontem à noite. Apresentou a idéia que, segundo ele, seria a única alternativa viável de local em Curitiba para atender às necessidades de um Mundial e teve resposta positiva dos conselheiros para tocar o projeto – mais de 100 pessoas estiveram presentes ao encontro e aprovaram a intenção do dirigente através de votação, inclusive nomeando uma comissão de três pessoas que vai monitorar o plano.

"Não tenho nada para falar sobre o assunto. Devemos fazer um comunicado à imprensa em aproximadamente 15 dias", disse o dirigente na saída da reunião, sem dar detalhes, mas se referindo ao prazo estipulado pela CBF para receber projetos referentes à Copa.

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Conforme a Gazeta apurou, Gionédis mostrou ao Conselho que nem mesmo a implosão do Couto Pereira ou da Arena para a construção de novos estádios nos mesmo lugares serviria para atender ao caderno de encargos da Fifa.

Já na praça de esportes da Federação Paranaense de Futebol (FPF) a história seria diferente. A extensa área ao redor do Pinheirão – serviria para estacionamento e circulação – e a localização um pouco retirada do centro da cidade seriam os trunfos para convencer os organizadores da possível Copa brasileira.

O cartola também revelou aos integrantes do Conselho que a FPF cederia os direitos do terreno do Tarumã, através de comodato, por pelo menos 50 anos ao Coritiba.

Bancado por um investidor estrangeiro (que não teve o nome revelado nem aos conselheiros), o clube ergueria ao preço de US$ 100 milhões no lugar do velho Pinheirão, que seria implodido, um moderno estádio capaz de atender às exigências internacionais. A empresa estrangeira inclusive batizaria o novo local através do sistema naming rights – ao estilo da Kyocera Arena.

"A Federação é a Federação, nós somos o Coritiba. Esse projeto é do clube", disse GG, sem querer dar detalhes e querendo se desvincular ao máximo da entidade presidida por Onaireves Moura.

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Entretanto, a explicação dada por Gionédis na reunião sobre o vínculo com a FPF foi de que os investidores não aceitariam pagar por um estádio de Federação e um clube precisaria estar na jogada.

O Couto Pereira permaneceria um patrimônio alviverde. Só que seria apenas um lugar histórico, com museu e jogos das equipes de base do clube.

Nem mesmo alguns dos mais ferrenhos opositores de Gionédis no Alto da Glória, presentes ao encontro, foram contra a idéia. Tudo para ver o Coxa com chances de ser a casa de jogos de uma Copa do Mundo – e tirar o maior rival da disputa.

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