O Coritiba viveu ontem um típico dia de ressaca. Tentando ainda se livrar do gosto amargo do empate por 1 a 1 com o Náutico, os jogadores se debruçaram sobre números e estatísticas, em busca de um caminho menos difícil à Série A. Sexto colocado com 51 pontos, o Coxa viu suas chances de trocar de divisão diminuírem consideravelmente ao deixar de "matar" um concorrente direto.
De acordo com o matemático gaúcho Tristão Garcia, responsável pelo site Infobola, a possibilidade de a equipe retornar à elite é de 19% atualmente, quase quatro vezes inferior a de América-RN (74%) e do próprio Náutico (70%), clubes que fecham o G-4 com dois pontos a mais na classificação. Considerando que somente uma combinação improvável de resultados adversos tira as vagas dos líderes Sport (60 pontos e 99% classificado) e Atlético-MG (58 e 99%, respectivamente), a matemática coxa-branca mais otimista aponta a necessidade de se conseguir no mínimo 10 pontos.
Garcia avalia ser preciso atingir a marca de 62 pontos para carimbar o acesso. Ele faz, contudo, uma ressalva que pode facilitar a missão alviverde. "Com 61 é bem provável a classificação. Até apostaria nisso", afirmou.
Para atingir o número mágico, a comissão técnica trabalha por etapas. O objetivo inicial é somar pelo menos quatro pontos na excursão pelo Norte/Nordeste sábado perante o América-RN, em Natal, e no confronto de terça-feira com o Paysandu, em Belém.
O passo seguinte é acumular outros seis pontos nos duelos que ainda restam no Couto Pereira (Atlético-MG e Avaí). Chegando a 61, o que vier da partida com o Gama, no Distrito Federal, na penúltima rodada, será considerado lucro.
"Esse jogo contra o América é fundamental, não podemos perder de jeito nenhum. Até um empate acaba sendo bom, desde que consigamos vencer todas as partidas em casa e beliscar mais alguns pontos fora", comentou o goleiro Artur.
Há, porém, quem despreze a calculadora. É o caso do zagueiro Henrique. Recuperado de uma miningite viral, o jogador acompanha a delegação, ficando na reserva do trio Leandro, Índio e Marcelo Batatais.
"Não dá para desistir nunca. O jogo mais importante é sempre o próximo", disse ele. "Pelo o que a gente já sofreu no campeonato, eu tenho certeza de que tem alguma coisa muito boa nos esperando lá no final: a vaga na Primeira Divisão", completou Artur.
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