O duelo com o Grêmio pela primeira mão das oitavas de final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira (19), no Couto Pereira, suscita uma contradição no Coritiba: aspecto financeiro versus aspecto esportivo.
A possível passagem para as quartas de final renderia mais R$ 820 mil aos cofres alviverdes, grana que representaria fôlego extra importante para o apertado orçamento do clube. Por outro lado, com a briga contra o rebaixamento acirrada na Série A, o cansaço físico e mental advindo da disputa dos mata-matas poderia desgastar em demasia o elenco comandado por Ney Franco.
Dessa forma, o sucesso nos confrontos eliminatórios desencadearia dificuldades extras na inglória luta contra o descenso. Paradoxo que não é privilégio do Coxa. O cenário vivido no Alto da Glória encontra reflexos em outras equipes em busca de uma vaga na fase seguinte da Copa do Brasil, mas com duras missões nas Séries A e B do Brasileirão.
Os casos mais semelhantes são de Vasco e Figueirense, na divisão de elite, e Ceará, no segundo escalão. As três equipes lutam para evitar a queda de divisão. Afundado na lanterna do Nacional, o time carioca precisa operar quase um milagre no segundo turno para se salvar. Os catarinenses, por sua vez, ganharam somente um jogo dos últimos cinco e estão próximos da zona da degola. Para fechar, o Vozão é o lanterna da Série B.
Já o grupo composto por Corinthians, Atlético-MG, Grêmio, Palmeiras, Fluminense, São Paulo e Paysandu vivem dilema similar, mas de ordem oposta. Além de buscar o sucesso nas partidas eliminatórias, acumulam a briga na parte de cima do Nacional. Na elite, Timão, Galo e Tricolor gaúcho lutam pelo título; Palmeiras, Fluminense e São Paulo, pelo G4. Na Série B, o Papão ainda sonha com o acesso.
Para Inter, Cruzeiro, Santos e Flamengo, por outro lado, o título da Copa do Brasil pode ser a salvação da temporada. Equipes caras, mas com posições modestas na Série A, podem encontrar no título e na vaga para a Libertadores uma razão para celebrar 2015 e evitar maiores crises. Fecha a lista o azarão Ituano, que nem sequer disputa a Série D.
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