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O Coritiba do lateral Fabinho encontrou muita dificuldade para superar o Fantasma no Germano Krüger: time agora pega o Iraty, no sábado, em Paranaguá | Henry Milléo/ Gazeta do Povo
O Coritiba do lateral Fabinho encontrou muita dificuldade para superar o Fantasma no Germano Krüger: time agora pega o Iraty, no sábado, em Paranaguá| Foto: Henry Milléo/ Gazeta do Povo

Festa marcada pela paixão

O mais antigo clássico capital x interior do estado era tão esperado pela torcida do Operário quan­­to a própria reestreia na Primeira Divisão do Paranaense. Antes e durante toda a partida, o que se viu foram 8 mil pessoas apoiando todo o tempo, a plenos pulmões. Na tentativa de calar os alvinegros, mesmo em menor número, a torcida coxa-branca lotou seu espaço, consumindo os 800 ingressos à disposição.

No cimento e na grama, foi belo o duelo de gargantas entre o "Opera-ri-ô" e o "Cori-ti-bá". Uma hora antes da partida, começam as primeiras batucadas. Pelo lado do Fantasma, eram três pelejas seguidas com derrota, mas nem por isso a empolgação era menor.

A última partida entre as duas equipes no Germano Kruger também não trazia boas lembranças. Em 1993, o Coxa venceu por 5 a 1. Mas aquela partida ficou esquecida no passado, como uma assombração presa nos vestiários, pois como costuma afirmar o povo de preto e branco, "o Operarião voltou". Para quem entrava no estádio doido de saudades, era muito melhor lembrar da última vitória operariana sobre o adversário no estádio: 1 a 0, com gol de Catani, em 1990, há 20 anos.

Explodem aplausos, pipocam os fogos e a fumaça branca toma conta do gramado. O time da casa entra em campo. Do outro lado, fogos verdes anunciam a entrada do Coritiba. De um e de outro lado, a disputa é por quem grita mais alto o nome da sua paixão.

Operário 0 X Coritiba 1

Sem Ariel Nahuelpan, machucado, e Rafinha, supenso, seus dois principais jogadores, a pergunta antes da partida era se o Coritiba teria forças para manter a campanha de 100% de aproveitamento no Paranaense. Não foi nada fácil, mas a sexta vitória veio com o 1 a 0 sobre o Operário, ontem à noite.

Com o resultado, o Alviverde permanece líder isolado e favorito para conquistar as vantagens do supermando – dois pontos extras e o mando de campo de todos os confrontos da segunda fase. E que pode ser creditado, principalmente, às atuações de Marcos Aurélio e Édson Bastos.

O atacante marcou o gol isolado do jogo. Em bonita jogada individual, aos cinco minutos do segundo tempo, driblou "seco" o zagueiro e chutou forte e cruzado de esquerda. Danilo não teve chance nenhuma de evitar o pior.

"Não temos apenas um jogador importante, temos um grupo que está aí para resolver. Mais uma vez consegui marcar um gol e ajudar o Coritiba. A vitória trouxe tranquilidade. Mas tem muito campeonato pela frente, precisamos manter esse ritmo na sequência", comentou o autor do gol.

No caso de Bastos, foi somente mais uma das boas atuações dele nesse início de temporada. Sempre quando exigido, o camisa 1 correspondeu. Especialmente, na etapa inicial. Em dois chutes fortes dos do­­nos da casa – um de longe, de Dyego Souza, e outro em uma falta frontal, cobrada por Serginho Paulista – ele praticou defesas difíceis.

Porém, se as boas jornadas individuais garantiram os três pontos, não podem esconder as dificuldades da equipe sem a dinâmica proporcionada por Rafinha. Os substitutos Enrico e Ramon (de Ariel), não demonstraram a mesma qualidade e, em vários momentos, o Coritiba se viu dominado pelo Fantasma.

"Sentimos um pouco o campo pesado, irregular. O time deles estava muito motivado e nos pressionou com a ajuda do torcedor. Mas nós soubemos fazer um jogo de paciência, e na segunda etapa fizemos um gol e poderíamos ter feito mais um ou dois", afirmou o volante Leandro Donizete.

No próximo sábado, o Coxa pe­­ga o Iraty, em Paranaguá. Depois de emprestar a Vila Capanema do Paraná nos três primeiros compromissos em Curitiba, será a vez de jo­­gar "em casa" no Caranguejão, em virtude da interdição do Couto Pereira. Rafinha volta ao time normalmente, liberado da suspensão pelo terceiro amarelo. Já Ariel deve prosseguir tratando a tendinite no músculo adutor da coxa esquerda.

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Veja a ficha técnica do jogo Operário X Coritiba

Em Ponta Grossa

Operário

Danilo; Grafite (Juninho), Flamarion, Leonardo e João Renato; Lisa, Serginho Paulista, Serginho Catarinense e Digão (Davi Ceará); Dyego Souza e Baiano (Douglas).

Técnico: Norberto Lemos.

Coritiba

Édson Bastos; Jéci, Pereira e Lucas Mendes; Fabinho, Leandro Donizete, Marcos Paulo, Enrico e Renatinho; Marcos Aurélio e Ramon (Lelê).

Técnico: Ney Franco.

Estádio: Germano Krüger. Árbitro: Héber Ro­­berto Lopes. Gol: Marcos Aurélio (C), aos 5/2.º. Ama­­relos: Flamarion e Leonardo (O). Renda: R$ 145.920. Público pagante: 7.575 (7.821total).

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