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O técnico coxa-branca Ney Franco abraça com carinho o atacante Marcos Aurélio, autor do primeiro gol na apertada vitória sobre o Santo André | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
O técnico coxa-branca Ney Franco abraça com carinho o atacante Marcos Aurélio, autor do primeiro gol na apertada vitória sobre o Santo André| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Os três pontos que colocam o Coritiba novamente na liderança da Série B, perdida provisoriamente na sexta-feira para o Figueirense, não foram reconquistados facilmente. O Santo André vendeu caro a derrota por 3 a 2, ontem, no Couto Pereira. Resultado bastante comemorado pelos jogadores do Alviverde não só por deixar o time com sete pontos de vantagem sobre o primeiro time fora do G4, como também pela vitória em um jogo em que não contou com seis titulares.

"Saímos três vezes na frente no placar. O que mostra que temos elenco, não só os 11 titulares. To­­dos que entraram em campo aproveitaram sua chance. Também o técnico soube armar bem a equipe para essa situação", afirmou o atacante Marcos Auré­­lio, que abriu o placar aos 25 minutos do primeiro tempo, ao mandar para a rede o rebote do goleiro Júlio César no chute pela direita de Enrico.

O Coritiba entrou em campo sem Jéci, Triguinho, Rafinha e Fabinho Capixaba suspensos; Tcheco e Pereira machucados. O que obrigou o técnico Ney Franco a abrir mão do sistema com três zagueiros e começar a partida contra o Ramalhão no 4-4-2.

O vice-campeão paulista chegou a Curitiba também com vários desfalques – atletas afastados pela diretoria, suspensos e lesionados – e em uma situação bastante crítica: na zona de rebaixamento, só venceu o Paraná (3 a 1, em 14/9) em seis jogos do returno.

Assim, foi natural que o Coxa, invicto no returno, dominasse a partida. Mas atacava e não marcava. Até os 24 minutos, quando Léo Gago chutou uma bola no travessão. Na continuidade da jogada, Enrico partiu para a linha de fundo pela direita e cruzou. O goleiro Júlio César interceptou mas deu o rebote. Coritiba 1 a 0, com Marcos Aurélio.

"Foi um jogo muito difícil, equilibrado. Ainda mais neste momento de finalização do campeonato. O Santo André, mesmo numa situação difícil na tabela, veio muito forte. Especialmente no segundo tempo, montou uma equipe muito ofensiva", avaliou o técnico Ney Franco.

Mas, sem aproveitar a chances criadas para ampliar o placar, Rafinha chutou forte de fora da área e empatou aos 21 do segundo tempo. Três minutos depois, Léo Gago chegou a seu quarto gol com a camisa do Coritiba, em um chute rasteiro de canhota no canto direito de Júlio César. Coritiba 2 a 1.Leonardo marcou o terceiro, aos 27, acertando o ângulo esquerdo. O Ramalhão, não desistiu e, de­­pois de obrigar Édson Bastos a fazer duas belas defesas, aos 30 descontou com o zagueiro Toninho, aproveitando cobrança de escanteio.

Confusão

Aos 42 minutos, o clima esquentou. O árbitro Cláudio Francisco de Lima e Silva expulsou o coritibano Dirceu, que entrara apenas dez minutos antes no campo, e o zagueiro do Santo André Douglas, que empurrara o jogador do Alviverde. Na confusão, Julio César também afastou Dirceu de modo não cordial, mas recebeu apenas o cartão amarelo, exasperando os atletas do Coxa.

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