Coxa supera rival na tabela e “esquece” a fuga da ZR

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Foi um. Poderiam ter sido cinco, tantas foram as chances desperdiçadas. No fim das contas, isso pouco importou. O que ficou foi o triunfo do Coritiba sobre o Vitória pelo placar mínimo, ontem, no Couto Pe­­reira. Com mais três pontos, 41 na tabela e a chave virada, como projetava o técnico Ney Franco. A partir de agora, segundo treinador e jogadores, o Coxa deixa de se preocupar com o rebaixamento e vai em busca da vaga na Copa Sul-Americana.

O resultado fez o Alviverde ganhar uma posição. Parece pouco. Mas não é para quem passou 11 rodadas estacionado em 15.º lugar. Ainda mais com o bônus de o time ultrapassado ser o rival Atlético.

"Disse para os jogadores no vestiário que, se tivéssemos tropeçado, começaríamos a semana novamente falando em rebaixamento. Com esse resultado, podemos pensar na Sul-Americana", contou o técnico coxa-branca.

Isso sabendo apenas da vitória do Botafogo sobre o Inter. No complemento da rodada, o Náutico ainda bateria o Sport e o Santo André passaria pelo Grêmio, mantendo a distância para a zona da degola em seis pontos. Porém a diferença para o 13.º colocado Santos, posição limite de classificação para o torneio internacional, caiu para apenas um pontinho.

"Mostramos que temos um elenco de qualidade", afirmou o la­­teral-direito Ângelo, um dos destaques da partida. "Pena que o time não foi bem no início. Em um campeonato equilibrado assim, é difícil correr atrás depois", acrescentou o jogador, contratado no segundo semestre.

Outro que chegou depois – só estreou na última rodada do primeiro turno –, Ney prefere valorizar o que foi feito a partir de então. "Não podemos reclamar. O Coritiba era o penúltimo no fim do turno. Hoje temos a quinta melhor campanha do segundo. Somando tudo, esperamos terminar pelo menos na Sul-Ame­­ricana", ponderou. Com 22 pontos na segunda metade do Nacional, o Coritiba só é superado por Cru­­zeiro (29), Fla­­mengo (25), São Paulo (25) e Atlético-MG (24). To­dos clubes da ponta de cima da tabela.

Além do objetivo declarado pelo técnico, nas últimas cinco rodadas começarão as observações para a montagem do elenco de 2010 e estarão em jogo objetivos pessoais. Marcelinho Paraíba, por exemplo, ainda pensa em se tornar artilheiro do campeonato.

Os gols perdidos ontem, po­­rém, vão fazer falta. Com 18, Die­­go Tar­­delli, do Atlético-MG, a­­briu cinco em relação ao goleador alviverde. "Tive algumas boas oportunidades. Infelizmente, não a­­proveitei. Aconteceu com al­­guns companheiros também. Mas a bola que entrou foi suficien­­te porque conseguimos administrar o jogo mesmo nesse calor ter­­rível. Valeu por nos deixar em uma situação bem mais tranquila no campeonato", disse, aderindo ao discurso geral.

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As chaves do jogo

Desvio amigo

O gol do zagueiro Pereira deu tranquilidade ao Coritiba. A bola bateu em Leandro antes de entrar, tirando o arqueiro Viáfara da jogada. Após o lance, os visitantes se lançaram ao ataque e o Alviverde começou a criar muitos lances de perigo.

Pés descalibrados

A falta de pontaria dos atacantes foi crucial para a partida. Marcelinho Paraíba, Ariel, Marcos Aurélio e Thiago Gentil tiveram oportunidades para aumentar a vantagem dos donos da casa. Não conseguiram e viram o jogo ficar aberto até o fim.

Triunfo garantido

Sem levar perigo ao goleiro Vanderlei na maior parte do duelo, o Vitória quase empatou no fim. O experiente meia Ramón bateu de fora da área, obrigando o arqueiro a se esticar todo para garantir o bom resultado.