Há mais de três meses o Coritiba batia a Ponte Preta (3 a 0, em Campinas) e o Atlético-MG (1 a 0, no Couto Pereira). Foi a única vez no campeonato que o time ganhou duas partidas seguidas. Para os otimistas, cabe apontar uma coincidência interessante: Macaca, amanhã, e Galo, domingo, são novamente os próximos adversários do Alviverde.
A grande diferença em relação ao final do primeiro turno é que, na época, nem passava pela cabeça dos torcedores coxas-brancas lutar contra o rebaixamento. Com as duas vitórias consecutivas, ainda sob o comando do técnico Cuca, a equipe ficou a apenas uma posição do grupo da Sul-Americana e até voltou a sonhar com uma possível classificação à Libertadores.
"Não dá para entender direito o que aconteceu. Vínhamos fazendo bons jogos e, de uma hora para a outra, tudo passou a dar errado", analisa o meia Caio.
Aquelas duas vitórias fazem parte da melhor seqüência do Coritiba no Brasileiro. Depois delas, o time empatou com o São Caetano (2 a 2) e, já pelo returno, venceu o Fortaleza (2 a 0) em casa entre os dois jogos ocorreu a derrota de 3 a 2 para o Internacional, em Porto Alegre, anulada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
Repetindo o desempenho nas quatro últimas rodadas com a perigosa troca de Fortaleza por Inter , escaparia com folga do rebaixamento. "Mas agora temos de pensar exclusivamente na Ponte Preta. Se não conseguirmos ganhar esse jogo, no qual teremos novamente o apoio da torcida, a situação vai se complicar de vez", admite o zagueiro Vágner.
Entre contas, lembranças e projeções, os jogadores chegaram à conclusão de que o momento é preocupante, mas não chega a ser desesperador. O zagueiro Anderson usa como exemplo o lanterna Atlético-MG, que voltou a ter esperanças após vencer o Paysandu. "Se eles ainda acreditam que podem se salvar, porque nós, que estamos cinco pontos na frente, iríamos pensar diferente?", questiona.