Torcedor baleado segue internado
Passados 17 dias da barbárie no Couto Pereira, o estudante de gastronomia, Anderson Rossa Moura, de 19 anos, segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico, em Curitiba. O torcedor foi atingido na cabeça por um tiro de bala de borracha disparado por uma arma da Polícia Militar durante a confusão generalizada depois da partida entre Coritiba e Fluminense, em 6 de dezembro, pela última rodada do Campeonato Brasileiro de 2009.
Política
Futebol do Alviverde terá triunvirato
O futebol do Coritiba será comandado por um trio de dirigentes na temporada de 2010. Ernesto Pedroso, Vílson Ribeiro de Andrade e José Fernando Macedo serão os nomes fortes na montagem do elenco que terá como principal objetivo conduzir o Alviverde de volta à Primeira Divisão já no próximo ano. "Vamos lutar pelo Campeonato Paranaense e Copa do Brasil, mas o retorno para a elite é prioridade", afirma Pedroso.
O grupo se reuniu ontem com o técnico Ney Franco e decidiu algumas dispensas e posições prioritárias para a busca de reforços. Em princípio, o Coritiba irá atrás de quatro a cinco novos jogadores para o plantel. Além disso, deverá puxar para o profissional outros dois ou três atletas formados pelas categorias de base. Ontem, o zagueiro Cleiton foi emprestado ao Botafogo de Ribeirão Preto-SP.
O restante dos anúncios de dispensas e empréstimos deverá ser feito somente no dia 4, quando o grupo gestor tomará posse oficialmente. Nesta data também espera-se que seja anunciada a redução da comissão técnica e a possível renovação do atual treinador até o fim da temporada 2010.
O restante da divisão de funções do novo G9 ficou da seguinte maneira: Jair Cirino dos Santos (presidente), Vilson Ribeiro de Andrade (vice-presidente), Walter Antônio Petruzziello (secretário), Carlos Zanetti (diretor estrutural), Fernando Eugênio Ghignone (diretor de marketing), Pierre Alexandre Boulos (diretor das categorias de base) e Márcio Schwab (diretor financeiro).
Antes mesmo de ver julgado o mérito de seu recurso, o Coritiba tentará a anulação da decisão recebida em primeira instância no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ou mesmo uma absolvição preliminar por considerar que teve a sua defesa cerceada.
De acordo com a apelação do Alviverde, ao qual a Gazeta do Povo teve acesso, o clube considera que o julgamento foi realizado antes da conclusão do inquérito policial instaurado para identificar e punir os invasores do gramado do Couto Pereira ao fim da partida contra o Fluminense.
Esse também foi o argumento do advogado do clube no Rio de Janeiro, José Mauro Couto Filho, para pedir o adiamento do primeiro julgamento, que foi negado. Como entende que o inquérito exclui a responsabilidade do Alviverde no ocorrido, o jurídico tentará fazer o processo voltar à Comissão Disciplinar ou que o Pleno, em uma decisão mais improvável, absolva o Alviverde das acusações que se referem ao artigo 213 do CBJD.
Por um desmembramento inédito dessa norma, feito pelo procurador-geral Paulo Schmitt, o Coritiba teve a sua maior pena: a perda do mando de 30 partidas e uma multa de R$ 600 mil. No restante das acusações, o Coxa viu seu estádio interditado e recebeu outra multa de R$ 10 mil (artigo 211), mas foi absolvido no quesito que tratava da inobservância do Estatuto do Torcedor (artigo 233).
"Pedimos a anulação do processo", afirma o advogado René Dotti, que irá ao Rio, no fim de janeiro ou começo de fevereiro, dividir a sustentação oral com José Mauro. "O clube fez tudo que era possível ele fazer (para a prevenir os fatos)."
Se a questão for aceita no Pleno, o processo será enviado a outra comissão disciplinar, com outro relator como se começasse novamente. Isso significa que o Coxa, além de poder obter um pena menor, ainda terá a chance de, em cima dela, fazer um novo recurso. Contudo, se a preliminar for rejeitada, o mérito será julgado. E, neste ponto, o argumento não deve mudar muito.
A diferença serão alguns novos documentos comprovando que o fosso do Couto Pereira é um dos maiores do Brasil, por exemplo além do pedido de que seja observada ficha limpa da praça esportiva nos últimos 12 meses, fato desconsiderado no dia 15, mesmo que seja descrito no artigo 180 do CBJD como atenuante para a pena.
"O que parece mais flagrante é o fato de não ter sido observado os bons antecedentes do estádio. Com ele, o Coritiba deveria ter sido punido com a pena mínima. Tanto que nem a procuradoria colocou algum agravante (além do ocorrido após o jogo contra o Flu)", afirmou José Mauro Couto Filho.
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