O Coritiba começará 2010 jogando fora do Couto Pereira. Essa é a tendência indicada ontem, com a abertura do processo contra o clube no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), pela batalha campal após a partida contra o Fluminense. O caso deverá ir a julgamento já na próxima semana. Se houver recurso, entra na pauta do Pleno somente em janeiro, após o recesso de fim de ano.
A primeira providência concreta tomada pelo STJD foi interditar preventivamente o estádio alviverde. O pedido, por meio de uma ação cautelar, partiu do procurador-geral Paulo Schmitt e foi acatado pela presidência.
"A procuradoria ingressou com uma medida cautelar de interdição liminar, que já foi deferida, tendo em vista os lamentáveis acontecidos naquela praça, que se tornou praça de guerra. Ainda nessa semana, até sexta-feira, estaremos oferecendo denúncia a todos que praticaram infração disciplinar, especialmente o mandante do jogo, por infração aos artigos 211, 213, 233", explicou Schmitt.
Com base nesses artigos, o clube pode receber multas que variam de R$ 1 mil a R$ 200 mil; perder até dez mandos de campo nas próximas competições nacionais que disputar (Copa do Brasil e Série B) e ter o estádio interditado até que sejam tomadas as providências pedidas pelo tribunal leia ao lado a transcrição dos artigos.
Schmitt também criticou a postura da diretoria do clube paranaense. "Houve uma séria falha no plano de segurança do jogo. Era um jogo de risco. O clube se preocupou com a lotação do estádio, baixando o valor do ingresso, e esqueceu de reforçar a segurança para um jogo tão importante para o clube, para os torcedores e toda a sociedade".
O relato do árbitro gaúcho Leandro Pedro Vuaden deve complicar ainda mais o Coritiba perante o tribunal. Segundo a súmula, torcedores invadiram o gramado e agrediram com socos e pontapés o trio de arbitragem antes da chegada da Polícia Militar. Árbitros e assistentes anexaram ao documento o Boletim de Ocorrência, que fizeram no 1.º Distrito Policial de Curitiba no próprio domingo.
Essa não é a primeira interdição de um estádio a pedido do STJD em 2009. Em agosto, o Canindé foi impossibilidade de receber jogos após seguranças de um conselheiro da Portuguesa terem entrado armados no vestiário, fato revelado pelo então técnico René Simões.
Por causa disso, o time paulista teve de fazer três jogos fora do seu estádio e ainda foi punido com a perda de outros três mandos mais multa de R$ 60 mil por este incidente.
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