Por quatro votos a três, o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR) manteve o mandado de garantia impetrado pelo Coritiba para que o Atlético não mande jogos no Couto Pereira no Paranaense. A Federação Paranaense de Futebol (FPF), que havia exigido a cessão do estádio, vai recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
A decisão apertada de ontem foi decidida no último voto, do presidente do TJD, Peterson Morosko, que antes do julgamento chegou a ter a participação na sessão questionada pelo advogado da FPF, Juliano Tetto.
A alegação da entidade era de que Morosko já teria se manifestado a favor do Coxa quando expediu liminar a favor do mandado de garantia semana passada. Os auditores derrubaram o argumento da FPF alegando que o presidente do TJD se manifestou exclusivamente na avaliação do mérito, sem expor posição pessoal, apenas jurídica.
Com a decisão a favor do Coxa, a FPF tem até segunda-feira de prazo para agir. "Eu recomendei ao [presidente Hélio] Cury recorrer e ele autorizou. É de interesse da Federação fazer valer sua decisão", diz Tetto.
O advogado do Atlético, Domingos Moro, que acompanhou a sessão no TJD, afirmou que irá se reunir com o presidente rubro-negro, Mario Celso Petraglia, para decidir se o clube entrará como terceiro interessado no processo.
O advogado do Coritiba, Itamar Cortês, garantiu que o clube está preparado para ir até a última instância nos tribunais para evitar que o arquirrival jogue no Alto da Glória.
"A presença do Atlético no processo não muda nada para nós. Só reforça a FPF, que terá mais tempo para falar na sessão. Mas estamos preparados", garante Cortês.
Os argumentos apresentado pelo Coxa na defesa foram a ingerência da FPF na administração do clube, os estragos ao gramado do Couto Pereira (seriam 30 jogos no período de três meses) e questões de segurança. "As torcidas estão trocando ameaças pelas mídias sociais e isso exigiria uma segurança pública ainda maior a cada jogo no Couto [caso o mandado fosse derrubado]", enfatiza o advogado alviverde.
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