Uma tarde para se esquecer. Esse é o retrato da vitória do Coritiba sobre a Portuguesa Londrinense, 2 a 1, ontem, no Pinheirão. Não pelo resultado, nem pelo vencedor, mas sim pela desorganização fora das quatro linhas.

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Se já é difícil explicar porque a Lusinha de Londrina manda um jogo contra o Coxa na Capital, pior é chegar ao estádio (quase vazio) ver as cadeiras cheias de pó e sem policiais para garantir a segurança do público.

A Federação Paranaense de Futebol avisou (e comprovou com a cópia de um fax) que solicitou o policiamento no último dia 21. A Polícia Militar não soube explicar os motivos da ausência do seu efetivo até aos 44 minutos do primeiro tempo – quando chegaram sete homens.

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"Dona da casa", a Portuguesa teve de solicitar ao Paraná Clube o empréstimo das placas que sinalizam as substituições, bandeirinhas de escanteio e a maca, para que a "várzea" não fosse ainda maior.

Os problemas fora do gramado ganharam ainda mais corpo com a péssima qualidade do futebol apresentado no primeiro tempo. A frágil equipe do Norte chegou até a ameaçar o goleiro Rodrigo Café. Porém, o lance que melhor explica a etapa inicial ocorreu já nos acréscimos (aos 46 minutos). Edmílson foi lançado na ponta esquerda e cruzou para Juninho, que sozinho e sem goleiro na sua frente, conseguiu chutar por cima.

Pelo menos no segundo tempo as equipes voltaram mais animadas. No curto espaço de três minutos (entre os 14’ e os 17’) saíram os três gols que definiram o marcador.

Apoiado pelo pequeno público, o Verdão partiu ao ataque e abriu o placar com Eanes, aos 14 minutos, após jogada de Geraldo. Foi o segundo gol do atacante em duas partidas como titular.

Só que a média de um gol por jogo também serve para o desempenho da defesa alviverde nas bolas aéreas. Portanto, aos 15’, Marcelo Neuma empatou de cabeça após cruzamento de Ígor.

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A sorte coxa-branca foi ter conseguido marcar pela segunda vez logo em seguida. Cobrança de falta de Pedro Ken, o zagueiro Henrique subiu para o cabeceio, não alcançou, mas atrapalhou o goleiro Danilo, que não teve como evitar a bola na rede: 2 a 1, aos 17’.

Com o resultado, o Coritiba subiu da oitava para a sétima colocação (16 pontos) e agora joga por duas vezes seguidas no Couto Pereira – Londrina, na quarta-feira, e Iraty, no domingo – para tentar se firmar definitivamente na zona de classificação à segunda fase (os oito primeiros se classificam).

"Até o fim da primeira fase temos quatro decisões e precisamos vencer pelo menos três. Estavamos muito desgastados pelo jogo de quarta (ante o Caxias, pela Copa do Brasil)", comentou o técnico Guilherme Macuglia, justificando o desempenho apenas para o gasto.

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Em CuritibaPortuguesa x Coritiba

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PortuguesaDanilo; Régis, Baesa, Roberto e Ígor (Edson Carlópolis); Alemão, Bahia, Robert e Aléssio; Douglas (Ciel) e Marcelo Neuma (Pires). Técnico: Kanário.

CoritibaRodrigo Café; Henrique, Leandro e Douglão; Pedro Ken, Juninho, Geraldo, Marlos e Fábio Lopes (Carlão); Edmílson (Keirrison) e Eanes (Hugo). Técnico: Guilherme Macuglia.

Estádio: Pinheirão. Árbitro: Adriano Milczinski. Amarelos: Roberto, Alemão e Ígor (P); Juninho e Carlão (C). Vermelho: Baesa (P). Gols: Eanes (C), aos 14’, e Pedro Ken (C), aos 17’ do segundo tempo; Marcelo Neuma (P), aos 15’ do segundo.