Coxa vive final às avessas contra o Palmeiras

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Final, decisão, batalha, jogo de seis pontos. Os clichês do mundo do futebol foram amplamente usados pelos jogadores do Coritiba para falar do confronto de hoje com o Palmeiras, às 21 horas, em Araraquara (SP). No duelo contra o principal adversário para fugir do rebaixamento, na cabeça dos atletas, além da bola, também estará o sentimento de revanche pela perda da Copa do Brasil.

A classificação do Brasi­­leiro resume a importância da partida. A diferença entre o 16.º e o 18.º colocados é de seis pontos. Com uma vitória, o Coxa abriria nove de distância, restando nove rodadas para o término do campeonato. Por outro lado, o 10.º revés como visitante deixaria o time paranaense apenas três pontos na frente do adversário, em situação perigosa. "É um jogo que fará muita diferença no fim do campeonato", aposta o zagueiro Luccas Claro.

A rivalidade recentemente ampliada entre os clubes dá impulso extra ao embate. Algo que não passou despercebido pelo técnico Marquinhos Santos, mesmo que a escalação do time hoje não tenha seis peças da primeira partida da final (Jonas, Emerson, Pereira, Lucas Mendes, Júnior Urso e Everton Costa não atuam).

"Acho que [a revanche] é um sentimento que fica, mas neste momento a montagem da equipe é outra, o comando e a competição são outros. Não pode ser levado para dentro de campo", alerta.

O zagueiro Cleiton, que voltará aos gramados depois de 15 meses, engrossa o discurso. "Coritiba x Palmeiras acabou se tornando um clássico por causa da Copa do Brasil do ano passado, aquele jogo do 6 a 0; e nesse ano teve a final também, quando perdemos. Temos mais uma decisão", diz.

A "decisão" bem menos gloriosa do que a de julho, agora valendo apenas a permanência na elite nacional, dá a impressão de que os dois times se iludiram com as boas campanhas no torneio mata-mata. No Coxa, porém, ninguém confirma ter superestimado a real capacidade do elenco para o Nacional. "Todas as equipes que chegam nas finais acabam ficando um pouquinho mais para trás no Brasileiro. Acabou acontecendo conosco e com o Palmeiras. É natural", argumenta Cleiton.

Nas primeiras oito rodadas da Série A, enquanto ainda disputava a Copa do Brasil, o aproveitamento coxa-branca foi de 29,1% – contra 20,8% do Palmeiras. Hoje, na véspera de seu aniversário de 103 anos, o Coritiba tem 38,1% (31% para o rival paulista). Melhorar esse número com um triunfo em Araraquara seria um presente muito bem-vindo pela torcida. Com gostinho de revanche.