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O Coritiba chega neste domingo, ao aeroporto Afonso Pena, trazendo na bagagem o bicampeonato da Segunda Divisão. O voo desgastante de quase nove horas, incluindo escalas e conexões, será apenas mais um capítulo de uma saga que tem, no próximo sábado, data para acabar.Mas o final já é conhecido de todos. Depois de um ano cercado por dificuldades, o Alviverde está de volta à Série A pela porta da frente: como o melhor da competição. O símbolo de um dos anos mais marcante da história centenária do Alviverde, o troféu de campeão, será recebido na partida contra o Guaratinguetá. Ontem, bastou um grito conjunto de alegria e alívio para o elenco do Coxa enfim sentir que, agora, o dever foi cumprido mesmo.

"Nós trabalhamos sempre em cima disso, que era conquistar [o título]. Sabíamos dessa responsabilidade. O Coritiba tem time para brigar pelo título, sempre brigar. A mentalidade tem de ser essa", disse Édson Bastos, um dos destaques da campanha vitoriosa tanto pelas defesas como pela liderança.

De certa forma, a trajetória do Alviverde em 2010 – da queda com invasão de campo no ano passado a um exílio de dez jogos em Joinville – pode ser sintetizada no empate contra o Icasa por 2 a 2. Sob um calor de quase 40ºC, por duas vezes o Coxa esteve atrás. Por duas vezes conseguiu a recuperação. Pediu água, mas não se entregou. No fim, foi premiado com a derrota do Bahia para o Santo André, por 2 a 1 – resultado que já garantia, independentemente do que ocorresse em Juazeiro do Norte, a nova taça no Alto da Glória.

"Missão cumpridíssima. Subir com o título coroa o trabalho de todos que estava no projeto. Aliado a tudo isso, a qualidade técnica que a gente montou. Uma equipe com alternativas e valores individuais", afirmou o treinador.Nesse ponto, o gol de Marcos Aurélio fala por si. O jogador recebeu a bola na entrada da área, e fez outro golaço ao driblar os três zagueiros do Icasa e deslocar de Marcelo Pitol. Geraldo, aos 42/2º, fez o gol de tirou o gosto amargo da comemoração. Para o Icasa, marcaram Júnior Xuxa e Leozinho.

"Emoção muito grande fazer aquele gol em um momento tão importante. Demonstrando o nosso valor mais uma vez jogando fora, como passamos metade do campeonato. Isso mostra que não é o Couto ou qualquer outra coisa o fator principal, mas sim a determinação de cada jogador", disse o atacante. "Acho que foi muito difícil esse ano. Não só esse jogo ou o sol. Vencemos um por um. Tínhamos de provar para todo mundo, pois cada jogo que a gente perdia éramos cercados de dúvidas. Eu só tenho de agradecer a Deus por poder ajudar a colocar o Coritiba de novo em um lugar do qual ele nunca devia ter saído", disse Willian, visivelmente emocionado.Após uma pequena festa dentro de campo, o time correu para o vestiário, onde se reuniu para rezar e cantar. Como no ano passado, houve choro no local. Mas, dessa vez, era de alegria.

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