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Maringá sedia a partir de hoje a 5.ª Copa Brasil de Futebol para Amputados. A competição vai até o próximo sábado, reunindo oito times e aproximadamente 120 jogadores com deficiência física.

O Paraná será representado pela Associação Maringaense de Deficientes por Amputação (Assama). É o único time da categoria em atividade no estado, conta com atletas da seleção brasileira e ficou em quarto lugar na disputa do ano passado. O Brasil tem 12 times de oito estados filiados à Associação Brasileira de Desportos para Amputados (ABDA). Nem todas as equipes disputam os campeonatos nacionais por falta de recursos, já que a ABDA não tem condições de custear as despesas de transporte para a cidade-sede, com os times tendo que bancar as próprias despesas. "Além da questão física, temos que superar a falta de recursos", explica o presidente da ABDA, Ademir Cruz de Almeida, 36 anos. "Buscamos parcerias para realizar os eventos". Ele pratica futebol de amputados desde 1989 e saiu de Maringá em 2001 para presidir a associação nacional em Niterói (RJ). Cruz perdeu a perna após ser atropelado em uma rua de Maringá aos 12 anos. Depois disso, participou de atividades no Movimento da Pessoa Portadora de Deficiência até fundar a Assama em 1994.

Há algumas diferenças nas regras em relação ao futebol comum. Cada time pode inscrever 15 atletas; o jogador precisa ter uma amputação de membro inferior e o goleiro ter uma amputação de membro superior; sete jogam, sendo seis na linha e um no gol; o arqueiro não pode sair da área; dois árbitros atuam nos jogos; se a bola bater nas muletas é marcada falta; o jogo é disputado em dois tempos de 25 minutos cada um; as muletas têm as cores do uniforme dos times para ajudar a arbitragem na marcação das faltas; as substituições podem ser feitas com a bola em jogo e não há limites; nenhum atleta pode tocar a bola com parte da perna amputada (isto para evitar desvantagens, pois há diferentes tipos de amputação); as medidas do campo vão de 60 x 40 (metros) a 75 x 55 (metros).

Dinamismo

Os praticantes avisam que o futebol para amputados é dinâmico e não tem nada de chato devido à condição física. O envolvimento com os atletas empolgou o técnico da Assama, Kleber Eloi Barbão, 21 anos. Ele é acadêmico de Educação Física e de Fisioterapia, e conheceu atletas deficientes em recreação em piscinas. Além de treinar, hoje ele ajuda a organizar a base do time de futebol.

Outro atrativo é ver em campo atletas deficientes que jogaram futebol profissionalmente antes da amputação. Como são os casos dos times de Brasília. Cláudio Choquito, que jogou no Ceilândia, e do Rio de Janeiro, com Amauri Avelar, que atuou no Vasco da Gama.

O futebol para amputados começou a ser praticado no Brasil em 1986, em Niterói. O Brasil é tetracampeão (1999, 2000, 2001 e 2005). Os brasileiros venceram na final do ano passado, em Niterói, os russos por 2 a 1. O próximo mundial será na Turquia, em setembro de 2007.

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