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Spa, Bélgica - Cresce a pressão para que o Con­­selho Mundial da FIA puna a Fer­­rari por ter ordenado Felipe Massa a deixar Fernando Alonso ultrapassá-lo para vencer o GP da Ale­­ma­­nha, dia 25 de julho, em Hocke­­nheim. Ontem foi a vez do ex-presidente da FIA, Max Mosley, defender que tanto os pilotos como a própria equipe percam os pontos. A direção da Ferrari já antecipou que poderá recorrer à justiça comum se for punida. O julgamento será dia 8 de setembro, em Paris.

Os diretores de Red Bull e McLa­­ren, adversários na luta pelo título, alegam que a regra não foi respeitada e, portanto, o Conselho Mun­dial tem de aplicar mais que apenas a multa de US$ 100 mil, como fizeram os comissários do GP da Alemanha. Querem a desclassificação. Ordens de equipe são proibidas desde que a própria Fer­­rari mandou Rubens Bar­richello deixar Michael Schu­­macher vencer o GP da Áustria de 2002.

A defesa da Ferrari está pronta: Alonso está mais bem colocado no campeonato, com chances muito maiores de ser cam­­peão. Massa liderava a corrida e Alonso vinha em segundo, logo atrás. A troca de posições não interveio em nada no que os concorrentes conseguiriam se Massa permanecesse na frente. A inversão foi uma decisão interna, baseada num critério técnico. A própria equipe já fez isso em outras ocasiões, a exemplo do GP da China de 2008, com Kimi Raikkonen abrindo para Massa, e do Brasil de 2007, quando o brasileiro retribuiu.

A opinião pública mundial está bastante sensibilizada, ainda, com a "agressão ao esporte", como muitos definiram o que aconteceu no GP da Alemanha. O que se comenta é que o Con­­selho Mundial tende a retirar os pontos da Ferrari apenas no Mundial de Construtores. Pois, como argumentam os italianos, a troca de posições entre Massa e Alonso não afetou diretamente ninguém. Se for mesmo essa a decisão da FIA no julgamento, é provável que a Ferrari aceite. Se perder os pontos também de pilotos, vai para a justiça comum.

A próxima corrida é o GP da Bélgica, domingo.

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