Crise leva presidente do Jockey Club à renúncia

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Desde sexta-feira o Jockey Club do Paraná está sem comando fixo. Após ser obrigado a cancelar mais um programa turfístico, o presidente Newton Sérgio Grein renunciou ao cargo depois de 18 meses à frente da instituição.

Tendo de administrar dívidas da entidade em torno de R$ 21 milhões, além de estar desgastado politicamente pela situação difícil, o dirigente se disse esgotado para iniciar a reformulação que seria necessária para uma retomada do turfe paranaense.

"Não houve nenhum fato em especial, apenas não é o momento para vaidade. Abri mão do cargo para o jóquei se harmonizar e se reorganizar, fazer as mudanças que são urgentes e necessárias. Precisaria de uns 30 anos a menos para continuar", diz Grein, 69 anos.

Em princípio, a renúncia não deverá alterar a rotina da casa, que continuará realizando as provas quinzenalmente – a próxima está marcada para o dia 27. Nesta semana, em uma reunião de membros da diretoria que permaneceu mais os conselhos fiscal e consultivo do jóquei, será nomeado um presidente interino e criado um grupo para ajudar a gerir a entidade. Eles devem permanecer no comando até o Grande Prêmio Paraná, no dia 8 de dezembro. Após a prova será marcada uma nova eleição.

"A saída abre a possibilidade para uma outra equipe tentar profissionalizar o clube e transformá-lo em empresa. Para isso, serão tomadas medidas de emergência com o objetivo de, num espaço de seis meses, voltar as atividades semanais", afirma o diretor de comunicação e marketing do Jockey, Guilherme Ronconi.

O primeiro desafio do novo presidente será fazer com que os programas comecem a dar lucro. Atualmente, a cada corrida, o prejuízo é de R$ 12 mil. Por mês, R$ 51 mil. E um dos primeiros itens de um estudo para a reformulação da entidade seria deixar o quadro de funcionários mais enxuto. Hoje, o jóquei conta com 99 empregados na folha de pagamento.

Entre outras mudanças sugeridas no documento feito na gestão de Grein estariam soluções para fazer com o que local seja mais freqüentado pela população, com a criação, por exemplo, de um restaurante e um bar. Além disso, também criar um servidor de apostas próprio, se desligando de São Paulo e abrindo agências pelo interior do estado. Atualmente, entre o afiliados, o jóquei de Curitiba é o que mais dá lucro ao jóquei paulista.