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A crise no futebol italiano é assunto recorrente na Granja Comary. Afinal, dos 22 jogadores convocados por Dunga para defender a seleção brasileira, cinco atuam na Itália. O zagueiro Juan, que acabou de chegar ao futebol italiano (ele se apresentou à Roma logo após a Copa América), admite que sente medo.

- Fico preocupado, pois minha esposa e filhos vão aos jogos torcer por mim – afirma.

O lateral-direito Maicon e o goleiro Júlio César, ambos da Internazionale, são taxativos e afirmam que não há mais clima para a continuação do campeonato.

- Ficou difícil. Acredito que fica complicado continuar, pois os incidentes são sérios. Há muita confusão – afirma o lateral.

- É realmente uma situação tensa. Não sei como vai ser daqui para frente, pois existe um clima ruim – arremata Júlio César.

A violência explodiu na Itália depois que um torcedor da Lazio foi morto por um tiro disparado por um policial, no último domingo. Logo após o anúncio da tragédia, uma onda de violência e intolerância das torcidas organizadas provocou o cancelamento de partidas.

Kaká pede medidas contra violência na Itália

A violência no confronto entre policiais e torcedores italianos no último fim de semana, que resultou na morte de Gabriele Sandri, de 28 anos, torcedor do Lazio, e deixou mais de 40 feridos, cancelou vários jogos do "calcio" e assusta Kaká. Em entrevista ao jornal italiano "La Gazetta dello Sport", ele pede uma intervenção imediata ou o esporte pode morrer no país.

- O futebol italiano está perdendo credibilidade. São os escândalos, o agente morto, agora o torcedor assassinado... - diz o brasileiro na entrevista ao jornal.

Kaká ainda avisa:

- Basta. Se isso não acontecer, os melhores jogadores vão embora, um atrás do outro - avisa, deixando claro que o problema o faria considerar uma saída do Milan.

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