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O Coritiba virou refém da crise palmeirense. Perseguidos pela torcida, insatisfeita com os últimos insucessos da equipe – eliminação no Paulista e derrota para Cerro Porteño e Ponte Preta em casa – , Alceu e Cristian não vêem a hora de se apresentar no Alto da Glória. O Coxa também já deixou clara a intenção em contar com a dupla, indicada por Estevam Soares, na disputa por uma vaga na Série A. Tanto que as questões contratuais (prazo e salário) estão definidas desde a semana passada.

A negociação, porém, trava quando chega na mesa da cúpula palestrina. Sem dinheiro para contratar e sem peças de reposição, a diretoria do Palmeiras teme que a pressão aumente ainda mais com a saída dos "renegados", dificultando a seqüência do time na Libertadores.

"Não temos novidade. Sequer consegui localizar os dirigentes do Palmeiras, quanto mais fechar as transferências. Acho que eles estão igual ao pessoal do Atlético: com medo de aparecer", provoca o presidente Giovani Gionédis, em alusão à crise do rival.

Para agilizar a liberação de Alceu e Cristian, o Porco exige, como moeda de troca, a inclusão do lateral-esquerdo Ricardinho no negócio, já que o titular Lúcio, motivado também pela impaciência da arquibancada, pediu para deixar o Palestra Itália.

Outro desentendimento. Dessa vez, no entanto, quem bate o pé são os coxas-brancas. De acordo com Gionédis, o Coritiba só admitirá se desfazer de Ricardinho no momento em que estiver na Primeira Divisão novamente. E mesmo assim, por um valor considerado justo pelo clube. O vínculo do ala com o Alviverde vai até o fim de 2008.

"Eu vendo o Ricardinho e vou encontrar outro lateral-esquerdo aonde? No Brasil não tem. Essa informação não procede e não existe a menor possibilidade de se concretizar", sustenta o dirigente.

Enquanto aguarda a resposta palmeirense, o diretor de futebol Capitão Hidalgo trabalha em outras frentes. Germano, volante do São Caetano, é um nome que interessa. O meio-campista trabalhou com Estevam no próprio Azulão, durante o Brasileirão passado. Talvez influenciada pelos gols perdidos por William na vitória sobre o Remo, a diretoria estuda a aquisição de mais um centroavante para fechar o grupo.

"Ninguém aqui está parado. O trabalho em busca de reforços é diário, mas por ora, não há novidades", comenta Hidalgo.

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