Adversário
Nacional sofre com desfalques
O jogo da afirmação. É assim que o técnico Gilberto Pereira, do Nacional, classifica o duelo com o Atlético na fase inicial do Estadual empate por 2 a 2 na Arena. É novamente em busca de se consolidar que o time de Rolândia volta à Baixada para encarar o Rubro-Negro hoje, às 15h50. "Estamos em desvantagem em relação ao J. Malucelli, nosso concorrente direto por uma vaga na Série D. Por isso precisamos muito desses pontos", ressalta Pereira. O Nacional tem cinco pontos, dois a menos que o Jotinha.
A tarefa do Alviceleste, porém, não será fácil. Principal destaque do time no Regional, o meia Bruno Flores é dúvida. O jogador está com dores no joelho e dificilmente terá condições de entrar em campo. Márcio deve ser o substituto. O ala-direito Jackson, também por motivos médicos, é dúvida. Já o zagueiro Marcão, com problemas musculares, foi vetado pelo departamento médico. Geandro aparece entre os titulares.
"Sempre digo que, contra o Atlético, precisamos fazer algo diferente, ter precisão ao extremo. Não podemos errar", afirma o treinador, fã do colega de profissão Geninho. "É o melhor técnico que temos no estado", elogia.
A rotina de incontáveis lances de bola parada repetiu-se mais uma vez no treino do Atlético às véspera do confronto de hoje. Cruzamentos, cobranças de falta, dos dois lados do campo, a várias distâncias. Mas com um mesmo cobrador: Netinho. É dos pés do jogador que pode sair a solução do Atlético contra a esperada armadilha armada pelo Nacional, às 15h50, na Arena.
Dependente da intensa marcação, inclusive com a possibilidade de escalar três volantes no meio de campo, o técnico Gilberto Pereira adiantou que irá se fechar na Arena. Um filme com cara de reprise para o Furacão. Na primeira fase, o time chegou a abrir 2 a 0 na Arena, mas permitiu o empate e depois não conseguiu furar o bloqueio do NAC.
É aí que a pontaria de Netinho pode suplantar a retranca. Fundamental na fuga do descenso com seus cruzamentos transformados em gols no Campeonato Brasileiro de 2008, a arma do jogador ganhou uma munição poderosa na atual formação rubro-negra. Dois dos principais artilheiros do time no Estadual (Rafael Moura, com 10 gols, e Chico, 4 gols, sendo 3 nos 4 últimos jogos) são exímios cabeceadores.
"No futebol moderno, a bola parada é uma excelente alternativa e muitos jogos são definidos assim. E com os dois (Rafael e Chico) facilita bastante pela qualidade deles, pelo bom posicionamento", afirmou Netinho.
Ele citou como exemplo recente deste entrosamento a vitória sobre o Iraty, por 2 a 1, no dia 1º de março, na Baixada. "O jogo estava empatado e o Chico desviou de cabeça após um cruzamento meu e conseguimos vencer", lembrou.
Se a química funcionar, o Atlético vai para os clássicos decisivos contra Paraná e Coritiba com uma importante vantagem na tabela.
Em crise com a torcida, a pontaria certeira poderia representar ainda uma trégua do público. Vaias ou mesmo o desprezo dos rubro-negros que ignoram o nome de Netinho durante o tradicional coro de escalação antes dos jogos têm magoado o jogador. "Não é só no Atlético. É normal no futebol brasileiro a torcida cobrar quando o atleta vai mal. Mas fui um jogador importante ano passado, vivi um bom momento e não esperava que os torcedores esquecessem tão rápido. Fico triste porque gosto muito da torcida atleticana", desabafou.
Netinho atribui a queda de rendimento a várias lesões que o impediram de chegar a um preparo físico ideal. Meia de origem, também citou a mudança para a ala-esquerda como outro motivo para o atual momento técnico.
"Nunca fui ala e jogar ali é um pouco de sacrifício. Mas não posso reclamar porque vivi bons momentos nesta função. Jamais pedi para o Geninho para trocar de posição. Tenho de me esforçar para melhorar", disse o jogador, ciente de que a concorrência no meio é bem mais intensa.
O técnico rubro-negro defende seu comandado e afirma que a torcida precisa reconhecer a importância de Netinho. "Ele supera algumas carências técnicas com essa habilidade muitas vezes decisiva". Como pode se repetir esta tarde.
Ao vivo
Atlético x Nacional, às 15h50, na RPC TV e no tempo real aqui na Gazeta Online.
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Em Curitiba
Atlético
Gallato; Rhodolfo, Gustavo e Chico; Zé Antônio, Jairo (Rafael Santos), Fransérgio, Julio dos Santos e Netinho; Rafael Moura e Marcinho
Técnico: Geninho
Nacional
Vinícius; Russo (Rilbert), Diogo e Bruno Matavelli; Jackson (Maicon), Geandro, Barata (Leandro Amarelo), Bruno Flores (Márcio) e Renan Silva; Paulinho (Eydison) e Chris
Técnico: Gilberto Pereira
Estádio: Arena. Horário: 15h50. Árbitro: Maurício Batista dos Santos. Auxs.: Ildefonso Trombeta e Sidmar dos Santos Meurer
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