Críticas surpreendem

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Hameln – O técnico francês Raymond Domenech não entendeu as críticas à seleção brasileira na vitória por 3 a 0 sobre Gana. "Por enquanto, assisti apenas aos gols do jogo, mas não sei do que estão reclamando", disse ontem. "Ganharam por 3 a 0 e não gostaram? Então também quero vencer todos os jogos dessa forma", ironizou o treinador francês, mostrando respeito à força do futebol brasileiro.

Mas Domenech reafirmou que seu time está confiante e não vai temer os atuais campeões mundiais no duelo de sábado, em Frankfurt. "Estamos motivados por chegar até aqui e nosso objetivo é o mesmo: chegar à final, dia 9 de julho."

Invicto em quatro jogos – empates contra Suíça e Coréia do Sul, e vitórias diante de Togo e Espanha –, a França aponta a maturidade da equipe como chave para ter alcançado as quartas-de-final da Copa do Mundo e poder avançar ainda mais.

"Tivemos algumas dificuldades na primeira fase, mas soubemos superá-las", apontou. "Contra a Espanha, não nos desesperamos mesmo quando estávamos atrás no marcador, tivemos tranqüilidade para buscar o empate e impor nosso estilo de jogo", comentou o treinador.

Domenech afirmou que o jogo contra o Brasil será um dos melhores momentos da sua carreira e descartou o clima de revanche pelo fato de os franceses terem derrotado os brasileiros na final da Copa de 1998.

"O jogo que importa é o próximo, são histórias diferentes e times diferentes", opinou. "E não há favoritos numa partida desse nível."

Diante da Espanha, os franceses fizeram a melhor exibição na Copa, mas para o comandante a máxima de que não se mexe num time que vence não vale. A escalação só deverá ser revelada antes do jogo e dependerá de uma avaliação que o treinador francês vai fazer do modo de atuar do Brasil. O mais provável é que Domenech mantenha o esquema mais cauteloso com Thierry Henry isolado no ataque. Franck Ribéry, um dos destaques no triunfo sobre os espanhóis, pode ser substituído por Sylvain Wiltord ou Alou Diarra, que reforçariam o meio.