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Após sete anos de jejum, e logo na primeira competição após o retorno à elite do futebol brasileiro, o Atlético voltou a conquistar o título do Campeonato Mineiro. Apesar da derrota de 2 a 0 para o Cruzeiro, na tarde deste domingo, no Mineirão, o Galo se beneficiou da vitória por 4 a 0 na primeira partida da final. A Raposa, que lutava pelo bi, pressionou, lutou, conseguiu a vitória, mas ainda faltaram dois gols para tentar apagar o vexame da semana passada.

Agora, as duas equipes voltam a aetnção para as competições nacionais. O Galo visita o Botafogo, nesta quarta, nas quartas-de-final da Copa do Brasil. O Cruzeiro também vai ao Rio de Janeiro, só que no sábado, enfrentar o Fluminense, na primeira rodada do Brasileirão 2007.

Antes da bola rolar, a torcida do Galo mostrou que estava mandando no Mineirão, enchendo o gramado com uma chuva de bandeirolas alvinegras. O técnico Levir Culpi, que recebeu propostas do futebol japonês nas últimas semanas, foi saudado pela galera com gritos de "Fica, Levir". O treinador agradeceu e não escondeu as lágrimas.

As garras da Raposa

Mas foi só a bola rolar, para os jogadores do Galo perceberem que não iam ter a facilidade da semana passada. Nos primeiros minutos, o time celeste marcou todas as saídas de bola, e partiu sempre com rapidez para o ataque. Gabriel deu boa escapada aos cinco, mas o goleiro Diego evitou o cruzamento. Logo depois, Ricardinho arriscou uma bola que raspou a trave alvinegra. A pressão deu resultado, e aos oito saiu o gol celeste. O atacante Guilherme chutou forte, de fora da área, de canhota, sem chance para o goleiro. Cruzeiro 1 a 0.

O Galo respondeu rápido e quase empatou dois minutos depois. Danilinho escorou belo cruzamento na rede pelo lado de fora, mas o assistente já acusava impedimento. A pressão inicial celeste diminuiu, e o jogo equilibrou. Mas as emoções continuaram, tanto lá, como cá. Aos 23 minutos, Fábio Santos arriscou de esquerda, levando perigo ao Atlético. No contra-ataque, Coelho mandou uma bomba de longe, mas para fora. Aos 26, em cobrança de falta, Leo Silva obrigou Diego a dar um soco na bola.

Aos poucos, a velocidade do jogo diminuiu. Ainda assim, era a Raposa que levava mais perigo. Aos 43, Ricardinho assustou a zaga celeste, dando um chute colocado, que Diego botou para escanteio, em boa defesa. Na cobrança, o capitão celeste mandou na cabeça do estreante Wellington, de 18 anos, que mandou certeiro para as redes alvinegras: Cruzeiro 2 a 0.

Ducha d'água fria

A torcida azul ainda comemorava quando, no último minuto, em uma cobrança de falta para o Atlético, o zagueiro Luisão, que estava na barreira, tentou dar um chute no atacante Vanderlei. O árbitro Álvaro Azeredo Quelhas, que ainda não tinha levantado nem um amarelo, foi rigoroso no julgamento: aplicou cartão vermelho no jogador cruzeirense, deixando a equipe da Toca com dez em campo, justamente na hora que mais surpreendia no Mineirão.

Tendo apenas o zagueiro Maicon no banco, já que Gladstone e Simões já tinham sido expulsos no jogo de ida, o técnico interino Émerson Ávila preferiu recuar Paulinho Dias antes de fazer qualquer mudança. Na etapa final, o Galo chegou primeiro, com Marcinho avançando pela esquerda e chutando sem ângulo para boa defesa de Lauro.

Contagem regressiva

Aos cinco minutos, o Galo perdeu a melhor chance de fazer o gol. Ricardinho carimbou a defesa e, sem querer, armou o contra-ataque atleticano. Só que Vanderlei se enrolou com a bola e foi desarmado. O técnico Levir Culpi, irritado, substituiu o jogador, botando Germano em campo. O Galo melhorou. Marcinho perdeu duas oportunidades seguidas, errando na hora de chutar. Aos 14, foi a vez de Éder Luís perder o gol frente à frente com Lauro, que só viu a bola sair.

Mas a Raposa não estava morta. Aos 16, Nenê recebeu um cruzamento e cabeceou forte para a defesa salvadora de Diego. Logo depis, foi a vez de Lauro trabalhar três vezes seguidas, em chutes de Danilinho, Marcinho e Bilu. Aos 25, Gabriel arriscou de longe e quase marcou um golaço, acertando o pé da trave do Galo.

Faltando poucos minutos para o apito final, a Raposa partiu com tudo para tentar os dois gols que restavam. O Atlético passou a segurar mais a bola, cadenciando o jogo, tendo como fundo musical os ritos da torcida alvinegra gritando "É campeão!". O apito final confirmou o título do Galo, o primeiro estadual deste século.

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