Ramires, definitivamente, gosta de fazer gol no clássico mineiro. Pela quinta vez, o meia balança as redes na partida mais importante de Minas Gerais. Na tarde deste domingo, o Cruzeiro derrotou o Atlético-MG por 2 a 1, no Mineirão, em um jogo marcado por um primeiro tempo muito movimentado, com uma falta não marcada para o Galo bem próximo à entrada da grande área, que para muitos poderia até ser um pênalti, e uma reação do Alvinegro no finzinho. Soares fez o outro gol do time celeste, e Diego Tardelli descontou de pênalti.

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O resultado mantém a Raposa com 100% de aproveitamento na temporada, com cinco vitórias em cinco jogos e a liderança isoldada do Campeonato Mineiro, com 15 pontos. O Galo, com oito pontos, perde uma posição e cai para quinto lugar.

O Cruzeiro agora volta as suas atenções para a Libertadores, competição na qual faz sua estreia nesta quinta, diante do Estudiantes La Plata, no Mineirão. No sábado, visita o Uberaba, no Uberabão. O Atlético vai enfrentar o Itabaiana, nesta quarta, pela primeira rodada da Copa do Brasil, em Sergipe. No sábado, volta ao Mineirão onde pega o Rio Branco.

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Ramires, o artilheiro de clássicos

O técnico Adilson Batista surpreendeu ao deixar Wellington Paulista e Wagner no banco e escalando Gérson Magrão e Soares. E o clássico começou quente. Logo após o apito inicial, Diego Tardelli deu uma arrancada pela esquerda, levando perigo à meta da Raposa. O Cruzeiro respondeu aos quatro, com Fernandinho batendo falta em cima da barreira e, depois, cruzando para Soares, livre, mas impedido.

No minuto seguinte, Carlos Alberto apareceu sozinho com velocidade e, no limite da entrada da área, foi derrubado por Leo Fortunato. O árbitro Alício Pena Júnior mandou seguir o jogo para desespero do técnico Leão. Dois minutos depois, Thiago Ribeiro deu uma de ponta direita e cruzou na área para Ramires, que com uma virada sensacional, acertou a trave direita de Juninho. Tudo isso nos primeiros sete minutos de jogo.

O jogo era de muito equlíbrio dentro de campo e certo desequilíbrio fora dele. Tanto que o goleiro reserva Andrei, do Cruzeiro, conseguiu levar um amarelo no banco de reservas. Mas quem bobeou feio foi Tardelli, que, aos 18, viu Jancarlos roubar uma bola no campo de defesa, partir até a linha de fundo pela direita e cruzar para Ramires, que subir mais alto que todos e cabeceou bonito para abrir o placar. Foi o sexto dele na temporada 2009 e o quarto no Estadual.

Pressão e desilusão alvinegra

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O Galo começou a perceber logo depois que o seu gol também estava amadurecendo. Aos 22, Marcos Rocha escapou bem pela direita e cruzou para o garoto Yuri, de 19 anos, que matou mal, mas conseguiu chutar muito rente à trave direita de Fábio. Júnior surpreendeu, aos 28, chutando uma bola direto para o gol ao invés de cruzar, mas Fábio salvou bem. Carlos Alberto avançou em seguida pela esquerda chutando cruzado, com muito perigo.

A má sorte alvinegra ganhou requintes de crueldade aos 31. Leandro Almeida deu uma de atacante e recebeu livre na grande área, acertando a trave esquerda cruzeirense. Dois minutos depois, Éder Luís puxou um contra-ataque, passou para Marcos Rocha, que tocou para Tardelli, livre pela direita, bater cruzado, raspando a trave.

Até que, aos 37, em uma escapada de Soares, Welton Felipe acabou fazendo falta no atacante do Cruzeiro. Como já tinha amarelo, foi expulso, deixando o Galo com dez em campo. O zagueirão alvinegro saiu de campo com muitas lágrimas nos olhos. O técnico Leão teve que recompor a defesa tirando Yuri para a entrada de Marcos. Para completar a má sorte do Atlético, aos 43, Soraes recebeu de Thiago Ribeiro, fez uma bela jogada individual, driblando Renan, e batendo seco. O goleiro Juninho papou um frangaço: Cruzeiro 2 a 0. Soares também chegou ao seu quarto gol no Mineiro.

Galo reage e luta até o fim

Com as vantagens numérica e no placar, a Raposa voltou tranquila para o sgeundo tempo. A torcida passou a gritar "olé" em qualquer troca de passes celeste. O Galo passou a ter dificuldades para criar as jogadas, mesmo com a substituição de Renan por Thiago Feltri, que deslocou Júnior para tentar criar jogadas de meio-campo. Aos nove, Fernandinho apareceu com perigo, mas o goleiro Juninho fez uma boa defesa, se redimindo em parte da falha anterior. Soares também perdeu um em seguida, chutando mal para fora.

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Aí, sim, o técnico Adilson Batista resolveu botar Wagner e Wellington Paulista em campo nos lugares de Magrão e Soares. O atacante quase fez o dele aos 29, concluindo mal após um rebote.

Mas a torcida alvinegra, que estava em silêncio na arquibancada, acordou aos 30. Carlos Alberto apareceu livre na área e foi derrubado por Fábio. Pênalti. Diego Tardeli, com paradinha, mandou no canto direito do goleiro, incendiando o MIneirão. E logo depois, embalado pelo gol, Júnior desceu pela canhota e tocou cruzado para Tardelli, que por pouco não empatou.

Haja coração

Aos 36, Thiago Ribeiro recebeu bom passe de Jontahan, que entrou no lugar de Jancarlos, mas tocou fraco, para Leandro Almeida evitar o gol. Vendo que a sorte estava mudando de lado, o time celeste começou a se segurar um pouco mais. Menos nas faltas. Aos 41, para inflamar ainda mais a arquibancada alvinegra, o Thiago foi expulso por entrar duro em Éder Luís.

Aos 43, Márcio Araújo recebeu livre, em posição legal, e chutou para fora, desperdiçando outro boa chance de empatar. Mas a Raposa também perdeu uma oportunidade no finzinho, com Wagner perdendo na cara de Juninho. A emoção durou até os 50 minutos, com as duas torcidas atentas até o apito final. Um jogaço, onde qualquer um dos dois times poderia ter saído vitorioso. Mas a sorte está do lado do Cruzeiro.

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