Sem poder utilizar os principais equipamentos disponíveis na cidade, por estarem fora dos padrões de exigência do Comitê Olímpico Brasileiro, promotor do evento, Curitiba recebe as Olimpíadas Escolares entre este sábado (3) e o dia 11 de dezembro. A disputa envolverá 3,6 mil atletas, de 15 a 17 anos, de 24 estados. Serão 15 locais de provas para 12 modalidades.
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O ginásio do Tarumã, por exemplo, está restrito a local de refeições e atividades culturais. Mesmo recém-reformado, foi deixado de lado pela segunda vez. Antes, havia sido reprovado na avaliação para abrigar os jogos do Mundial de Handebol, que acabou levado para São Paulo. A Praça Oswaldo Cruz também ficou de fora da competição nacional dos garotos.
O tênis de mesa e alguns jogos do handebol serão no Ginásio Paraná Esporte. Os demais locais de prova serão escolas, clubes e universidades privadas da capital. "A Olimpíada Escolar exige alto padrão de equipamento esportivo, por isso decidimos contar com a rede privada. Na medida do possível, queremos expandir a rede pública", afirmou o secretário de esporte de Curitiba, Marcelo Richa.
O Velódromo, ao lado do Jardim Botânico, é um dos poucos exemplos de boa estrutura esportiva na cidade, mas mesmo assim está longe de ser uma unanimidade entre os ciclistas. A pista é considerada ondulado demais e suas medidas já não atendem mais às necessidades de competição. Nas Olimpíadas Escolares, porém, nem mesmo esse "trunfo" do município poderá ser usado, pois o ciclismo de pista não faz parte do programa. Já as provas de estrada e contra o relógio serão realizadas em espaço público: a rua.
Ao explicar a escolha da cidade para organizar o evento, o superintendente do COB, Edgar Hubner, destacou o interesse político da prefeitura e do governo do estado, a rede hoteleira e, contraditoriamente, as instalações esportivas. "O custo total do evento é cerca de R$ 4,5 milhões. A cidade e o estado bancam por volta de R$ 1 milhão, com transporte dos competidores. Nós pagamos as refeições, custos com hospedagem e arbitragens", comentou.
"Tenho certeza de que receber grandes eventos é o caminho para o Paraná renovar-se no esporte. O estado sabe fazer atletas, mas falta dar estímulo. O legado será muito grande porque esses atletas podem estar na Olimpíada de 2016, quando estarão na faixa de 21, 22 anos", afirma o campeão olímpico de vôlei de praia, o curitibano Emanuel, embaixador da competição, presente à cerimônia de abertura, ontem à noite, no ginásio da Universidade Positivo.
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