Em dois anos, no mesmo período, a mesma informação desalentadora para a turma da ginástica artística. No fim da temporada passada, a própria presidente da Confederação Brasileira de Ginástica Vicélia Florenzano deu a entender que o futuro do Centro de Treinamento do esporte em Curitiba estaria ameaçado. Tudo porque ela, desde 1991 no cargo, promete não participar da eleição prevista para o início de 2009. Especulou-se, com isso, que a sede da CBG seja levada para outro estado, dependendo de quem vencer o pleito. As instalações daqui passariam a ser tocadas pela Federação Paranaense.

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Agora é a vez de o principal nome do esporte praticamente decretar o fim do CT da capital paranaense – onde a ginástica encontrou apoio para se firmar como potência mundial em evolução meteórica – como núcleo da seleção nacional. Daiane dos Santos, em entrevista à Rede Globo, ontem, disse que Pequim marcará o fim dos treinos em Curitiba. "O centro acaba no ano que vem. Ficamos treinando com a seleção até a Olimpíada e depois cada um vai para a sua casa e os seus clubes", assegurou ela, que tem planos de se aposentar após a Olimpíada.

A CBG não confirma. Deixa tudo no ar. Segundo a assessoria de imprensa da entidade, tudo dependerá da cabeça de quem assumir a presidência. Um prejuízo certo ao projeto iniciado com a criação do CT em 1999 é a saída do técnico Oleg Ostapenko do comando da seleção. Ele, que chegou dois anos mais tarde, já admitiu que não ficará na função após Pequim. Ameaçou voltar para a Ucrânia, por causa da família, mas pode permanecer no Brasil como treinador de novos técnicos.

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O futuro da CBG em Curitiba deve começar a ser decifrado no início de 2008, quando os possíveis candidatos à sucessão de Vicélia forem aparecendo. Atualmente, 600 crianças treinam na antiga Universidade do Esporte.