Brasileiros
O Rio de Janeiro é o estado brasileiro com o maior número de representantes no UFC. Mas os principais nomes na competição internacional são do Paraná. Veja:
- Amazonas Fredson Paixão e José Aldo (campeão do peso-pena).
- Bahia Rodrigo "Minotauro" e Rogério "Minotouro".
- Brasília Rani Yahya e Paulo Thiago.
- Ceará Thiago "Pitbull" Alves, Carlos Eduardo Rocha, Raphael Assunção e Willamy Chiquerim.
- Curitiba Wanderlei Silva, Anderson Silva (campeão do meio-médio) e Maurício "Shogun" (campeão do meio-pesado).
- Minas Gerais Rousimar "Toquinho" Palhares e Rafael "Sapo" Natal.
- Pará Lyoto Machida
- Rio de Janeiro Vitor Belfort, Rafael dos Anjos, Mário Miranda , Amílcar Alves, Édson Barboza, Renzo Gracie, Alexandre "Cacareco" Ferreira e Wagnney Fabiano.
- Rio Grande do Norte Gleison Tibau e Renan Barão.
- Rio Grande do Sul Diego Nunes e Maiquel Falcão.
- Santa Catarina Júnior "Cigano" dos Santos e Thiago Tavares.
- São Paulo Luís "Banha" Cané, Thiago Silva, Charles Oliveira (Guarujá), Fábio Maldonado e Demian Maia.
Fonte: UFC.
Dos seis cinturões disputados no Ultimate Fighting Championship (UFC), a principal competição mundial de MMA (sigla para Mixed Martial Arts), três estão nas mãos de brasileiros. Destes, dois são de curitibanos: Anderson Silva, no meio-médio, e Maurício Shogun, no meio pesado.
Acrescente a essa conta que um dos mais respeitados lutadores de MMA competição em que os atletas de diferentes lutas se enfrentam em um ringue de oito faces, o octógono é outro curitibano, Wanderlei Silva. A fama desses lutadores, combinada à tradição da cidade na prática de muay thai (luta tailandesa em que cada golpe chute, soco, joelhada, cotovelada visa ao nocaute) tem atraído atletas de outros estados. Eles fazem da capital paranaense via de acesso obrigatória para entrar no maior e mais lucrativo evento de lutas do mundo, que chamou para si os holofotes e as cifras antes destinados ao boxe.
"Curitiba é um grande celeiro para o UFC por causa da agressividade da luta nas academias, do muay thai. O público sabe que, quando nossos atletas estão no octógono, vai ter show", diz o campeão Maurício Shogun, que este ano concorre a duas categorias do World MMA Awards, considerado o Oscar da modalidade: o de melhor nocaute do ano, no UFC 113, sobre o compatriota Lyoto Machida, e o de melhor lutador, em que disputa o título com Anderson Silva, invicto há 13 combates.
Bons contatos nos bastidores do UFC são outro fator que atraem os lutadores à capital paranaense. "Vim pela tradição da academia Chute Boxe e pela parte empresarial", diz o ex-boxeador gaúcho Maiquel Falcão. Há dez anos, começou a lutar MMA por não conseguir rendimentos suficientes nos ringues de boxe. Há dois, trocou o Rio Grande do Sul pelo Paraná e, aos 29 anos e 33 lutas no MMA (29 vitórias), estreia no UFC 123, sábado, em Michigan, nos Estados Unidos.
Sua primeira luta no octógono, já no card principal, será contra o norte-americano Gerald Harris. Só depois que assinou contrato com o UFC, há um mês conseguiu treinar sem se preocupar com o saldo bancário. Até então, vivia dos prêmios das lutas somado aos trabalhos como segurança. O que quer é reconhecimento e lucro. E o UFC permite isso.
A rentabilidade do evento é crescente. Estima-se que em 2009 a competição gerou US$ 300 milhões só em venda de pay-per-view. Em sua última vitória, Anderson Silva embolsou US$ 200 mil.
Sábado passado foi a vez de o carioca Alexandre "Cacareco", 31 anos e veterano do MMA, fazer sua estreia no octógono, na derrota para o bielorrusso Vladimir Matyushenko nas preliminares do UFC 122, em Oberhausen, Alemanha. Foi com a vinda para Curitiba, para treinar na Chute Boxe, depois de uma carreira com muitas trocas de academias, que o lutador, oriundo da luta livre esportiva, conseguiu o tão desejado contrato com o UFC.
O fundador da academia, o empresário Rudimar Fedrigo, diz que a metodologia adotada pela Chute Boxe é que atrai tantos lutadores, profissionais e amadores, para a capital paranaense. Mas não esconde que o relacionamento que construiu com os dirigentes do UFC, inclusive com Dana White, dono do evento, é um trunfo à parte. "Hoje é mais comum que eles entrem em contato comigo para saber quem eu tenho despontando do que eu ter de procurá-los", fala.
O empresário de estrelas do porte dos irmãos gêmeos baianos Rodrigo "Minotauro" e Rogério "Minotouro", Fernando Flores, reforça o coro de que Curitiba é referência mundial para bons lutadores e afirma que o MMA poderia ter maior reconhecimento em solo brasileiro. "Sem sombra de dúvidas, falta apoio financeiro e mais espaço na mídia. No Brasil, o esporte ainda dá prejuízo."
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