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A apresentação da candidatura paranaense foi fechada à imprensa, durou uma hora e deixou boa impressão perante o Comitê Organizador da Copa de 2014. | Samuel Tosta
A apresentação da candidatura paranaense foi fechada à imprensa, durou uma hora e deixou boa impressão perante o Comitê Organizador da Copa de 2014.| Foto: Samuel Tosta

Bate-bola

Mário Celso Keinert Petraglia, representante do Atlético no Seminário Copa 2014.

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Em que situação se encontram as obras de conclusão da Arena em relação ao Mundial de 2014?

Pensamos que o estádio do Atlético está com o projeto concluído. Já iniciamos as obras para que, o mais rapidamente possível, a Arena esteja terminada para a Copa do Mundo de 2014.

Há uma previsão de data?

O estádio estará concluído para a Copa do Mundo. Pelo cronograma, a Fifa nos exige que até dezembro de 2012 ele esteja terminado. E até essa data ele vai estar terminado.

Tem uma projeção de quanto custará a obra?

Essa informação nós ainda não temos. Estamos na fase de custeio, por isso não podemos passar esses valores para todas as entidades envolvidas.

Você acha que Curitiba sai na frente de outras cidades por possuir um estádio com as condições da Arena, reconhecidamente um dos melhores do Brasil?

Acredito que sim. Por quê? Porque o nosso estádio já é uma realidade. Ele foi construído em 1999 dentro das exigências da Fifa. Hoje, 75% está pronto, faltando somente 25%. Atualmente no Brasil, não tem nenhum estádio que precise de somente 25% de adequações para estar de acordo com o Caderno da Fifa.

Pretende seguir os passos de seu pai, Mário Celso Petraglia, e virar dirigente no Atlético?

Não. De maneira nenhuma. Sou atleticano e só quero ajudar o clube a receber a Copa do Mundo. (CEV)

  • Cronograma oficial

A depender exclusivamente dos elogios da comissão da Fifa ao fim da apresentação de Curitiba, ontem, no seminário organizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), tecnicamente a capital paranaense já está garantida entre as dez cidades que receberão jogos da Copa do Mundo de 2014. "O pessoal ficou impressionado", disse um assessor da entidade, que acompanhou integralmente a exibição de quase uma hora, no Rio de Janeiro, e pediu para não ser identificado.

Na palestra, dividida em três blocos, o secretário estadual de Turismo, Celso Caron, detalhou o planejamento do Paraná para áreas como segurança, transporte e hotelaria. A supervisora de informações do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Susana Lins Afonso da Costa, representando o poder municipal, falou de aspectos como mobilidade urbana e infra-estrutura do município. Já Mário Celso Keinert Petraglia, filho do presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, explicou o planejamento do clube para a conclusão da Arena (leia mais nesta página). "Eles realmente gostaram muito", ressaltou Reginaldo Cordeiro, engenheiro da prefeitura e um dos vice-presidentes da Federação Paranaense de Futebol (FPF).

A questão, porém, é que as escolhas não devem seguir unicamente o aspecto técnico. A capacidade de articulação política de cada estado pode fazer a diferença e ser usada, se necessário, como critério de desempate – teoricamente, a briga neste momento é com Florianópolis, Cuiabá e Fortaleza.

Neste quesito, o Paraná saiu atrás. Os desmandos na FPF sob a gestão Onaireves Moura e a rixa entre o prefeito Beto Richa e o governador Roberto Requião obrigaram o presidente da CBF e do comitê organizador do Mundial no Brasil, Ricardo Teixeira, a deixar Curitiba no fim da fila. Somente agora, com a criação de um grupo responsável apenas por cuidar da questão, é que o assunto parece estar sendo tratado como prioridade.

Há, contudo, aspectos na política local que ainda incomodam Teixeira. Um interlocutor que participou da reunião de quase três horas do presidente da FPF, Hélio Cury, com o cartola, na sexta-feira, no bar do luxuoso hotel que sediou o evento da CBF, na Zona Oeste da capital fluminense, revelou que ele cobrou mais unidade das bancadas do Paraná na Câmara Federal e no Senado em relação à Copa – vale lembrar que o senador Alvaro Dias (PSDB) é tratado por Teixeira como inimigo, devido à atuação do parlamentar na CPI CBF/Nike, entre 2000 e 2001.

O dirigente demonstrou preocupação também com quem será o substituto de Requião no Palácio Iguaçu, e se o novo governador continuará dando atenção à organização do Mundial. "Conversamos demoradamente sobre vários assuntos. Estou trabalhando ativamente para defender os interesses do Paraná", afirmou o presidente da FPF.

Na tentativa de sensibilizá-lo, Cury reforçou o convite para que Teixeira visite faça uma visita a Curitiba. A expectativa é que o cartola desembarque na cidade após a definição do quadro eleitoral, até a primeira quinzena de novembro. "Ele irá à prefeitura, ao governo, à Arena... Conhecerá toda a estrutura do município", explicou Cordeiro. "Sabemos que isso (lobby) também é muito importante", acrescentou Caron, apostando no próprio poder de convencimento.

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