Finanças
Sedes terão verba pública
As cidades escolhidas pela Fifa vão ganhar apoio financeiro do governo federal. O ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, já disse que lançará o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Copa do Mundo de 2014. O anúncio será feito até maio.
Segundo o ministro, as cidades candidatas devem formar parcerias com a iniciativa privada para construção e reformas dos estádios.
Outras cidades tentaram concorrer, mas desistiram durante o processo. De São Paulo, Barueri, Campinas, Guarulhos e Jundiaí chegaram a fazer projetos. Mesmo fora da disputa por abrigar um jogo do Mundial, as cidades poderão ser aproveitadas como local de treinamento das seleções durante o campeonato. Teresina e João Pessoa também tentaram, mas não levaram o estudo até o final. As cidades precisariam de inúmeras obras de infra-estrutura, além da construção de estádios novos.
Fim da polêmica. A tropa de choque da candidatura de Curitiba já comemora a indicação da cidade como sede da Copa do Mundo de 2014.
Ainda não houve a confirmação oficial por parte da Fifa, que só irá se pronunciar em março, mas a informação divulgada ontem pelo jornal O Globo de que a entidade acatou a sugestão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de ampliar de 10 para 12 as sedes do Mundial acabou com qualquer temor dos paranaenses.
De acordo com a publicação, a reunião do Comitê Executivo da Fifa que redefiniu a configuração da Copa no Brasil ocorreu em Tóquio, no Japão, entre os dias 19 e 20.
"É um belíssimo e justo presente de Natal", crava Orlando Pessuti, vice-governador do estado e presidente do comitê executivo local para assuntos da Copa. "Nos dá a plena convicção de que estaremos lá, de que seremos escolhidos", acrescenta o político.
O aumento do número de cidades-sede alterou o mapa geográfico da competição. Agora, a Copa passará por todas as regiões do país, antigo desejo do governo federal, encantado com a "possibilidade de mostrar para o mundo todas as belezas do Brasil", como disse o ministro do Esporte, Orlando Silva, em visita recente à capital paranaense.
São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília estão garantidas. Fortaleza, Recife, Salvador e Curitiba formam o grupo "quase lá".
Na região Norte, Belém, Manaus e Rio Branco disputam uma vaga a última teria remotas chances. No Pantanal, a briga é entre Campo Grande e Cuiabá. Fechando a disputa, Goiânia e Florianópolis.
"Se antes, com dez sedes, eu já achava que estávamos 90% garantido, agora não tenho mais dúvidas", ressalta Hélio Cury, presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF) e membro do comitê executivo estadual.
A provável presença de Curitiba na lista final da Fifa é resultado de uma reviravolta recente. Há três meses a capital paranaense era considerada fora do páreo. Intermináveis brigas políticas e a antiga rusga entre Ricardo Teixeira, presidente da CBF e principal articulador do Mundial de 2014, e o senador Alvaro Dias ofuscavam as vantagens técnicas da capital paranaense.
O panorama começou a se modificar com a reaproximação entre o governo do estado leia-se Orlando Pessuti e o prefeito Beto Richa. E, é claro, com a saída de cena de Dias.
"Agora é só fazer o dever de casa", diz o vice-governador, informando que o comitê trabalha agora na finalização do projeto curitibano no próximo dia 15 o grupo entrega à CBF as garantias complementares, com a indicação de quem financiará a conclusão da Arena da Baixada.
No dia 8 está marcado um encontro no Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), quando o presidente do órgão, Augusto Canto Neto, irá apresentar o projeto completo e detalhado (por exemplo, campos de treinamento, áreas com telão e entorno da Arena) ao prefeito.
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