Encontro em Curitiba reforçou pontos da candidatura paranaense para a Copa, e também trouxe novidades| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

Autoridades públicas, engenheiros, arquitetos, empresários e pessoas ligadas ao futebol do Paraná participaram nesta quinta-feira do seminário "Desafios do Curitiba para sediar a Copa de 2014", promovido pelo Sindicato da Arquitetura e Engenharia (Sinaenco). O encontro no auditório do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR) trouxe mais uma vez o otimismo dos dirigentes locais de que Curitiba estará na lista de 12 subsedes do Mundial, que será divulgada em 20 de março pela Fifa, e também trouxe novidades.

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A maior delas veio por parte da prefeitura da capital paranaense, que afirmou que Curitiba vai brigar com São Paulo e Rio de Janeiro pelo centro de comunicações da Copa de 2014. É neste local que toda a infraestrutura de imprensa ficará situada no Mundial do Brasil, e os dirigentes do estado vêem a cidade com boas possibilidades.

"Nossa cidade tem grandes chances de receber o centro de comunicações da Copa, que em alguns aspectos pode ser mais interessante do que sediar alguns jogos", disse o assessor de Relações Institucionais da Prefeitura, Luiz de Carvalho.

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Durante o encontro, o presidente nacional do Sinaenco, José Roberto Bernasconi, demonstrou que Curitiba realmente pode se considerar favorita na disputa por uma vaga no Mundial.

"Em relação a outras cidades, trata-se de uma cidade muito boa, é exemplar. Está bem cuidada e isso é um ponto muito positivo para a seleção. Ficamos muito impressionados com a organização de Curitiba", disse.

Em meio à euforia dos dirigentes paranaenses, Bernasconi voltou a atentar todos para a importância e a responsabilidade que virá caso a cidade seja escolhida pela Fifa.

"Queremos chamar atenção para o significado da Copa como um grande negócio e uma oportunidade de transformar o país em um lugar melhor para a população e para nossas empresas. O desafio de superar nossos gargalos é grande e o tempo é curto, mas lembramos que para construir é preciso projetar e projetar muito bem".

A implantação do metrô em Curitiba, prevista no projeto da cidade para a Copa, também foi explorada no encontro.

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"Vamos elaborar estudos para definir as obras que serão realizadas e as que necessitam de mais tempo para serem concluídas, sempre aproveitando toda a capacidade que existe aqui no Paraná. Se em março Curitiba for uma das capitais escolhidas, os recursos serão repassados para que as obras não se atrasem. Um dos exemplos é a conclusão do metrô de Curitiba", comentou o presidente do Sinaenco-PR, Marlus Coelho.

Confiança curitibana e cifras dos investimentos também dão as caras no encontro

Mesmo ciente de que a definição só sai em março, o vice-governador do Paraná e presidente do Comitê Executivo de Assuntos da Copa de 2014, Orlando Pessuti, não se furtou da oportunidade de mais uma vez garantir que Curitiba estará na listagem da Fifa.

"Apresentamos todos os requisitos exigidos pela Fifa. Temos estrutura hoteleira, saneamento, segurança pública e as obras que estamos realizando nos asseguram que Curitiba está pronta e estruturada para sediar o evento", garantiu.

Além dos R$ 4,5 bilhões em investimentos prometidos pela prefeitura, o dinheiro público que virá do governo federal já está a caminho, e será destinado para muitas obras de infraestrutura.

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"Além dos 402 milhões de reais inicialmente previstos pelo PAC da Mobilidade, o governo federal sinalizou com outros R$ 540 milhões, sendo 80% a fundo perdido, que permitirão fazer o anel ferroviário de Curitiba, um novo terminal de uso misto em Paranaguá e a terceira pista do aeroporto Afonso Pena", explicou o coordenador da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Alcidino Bittencourt.

Já o presidente do Sinduscon-PR, Hamilton Pinheiro Franck, procurou ver toda a questão mais adiante e deu a sugestão de que os dirigentes olhem mais a frente da Fifa, procurando superar as exigências do Carderno de Encargos da entidade.

"Precisamos ser ousados e ir além do mínimo exigido e aproveitar nossos bancos de idéias para fazer os melhores projetos", opinou.