Curitiba vê evolução da Stock Car

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A principal modalidade do automobilismo brasileiro passa por Curitiba desde 1989. De lá para cá, a capital paranaense acompanhou a evolução tecnológica – e consequentemente redução dos tempos – da Stock Car. Amanhã, às 9h35, o Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais, recebe mais uma vez os carros mais rápidos do país, pela 10.ª etapa da competição.

No primeiro treino oficial, realizado ontem, os pilotos mostraram o nível que terá a disputa, conquistando uma média de tempo, que ficou na casa de 1min20s por volta. A menor marca foi alcançada pelo ex-piloto de Fórmula 1, o curitibano Ricardo Zonta, que completou o percurso da pista em 1min20s362.

Destaque extra da etapa curitibana, Rubens Barrichello, outro acostumado a domar o volante de um carro de Fórmula 1, manteve-se dentro dessa média, mesmo tendo apenas três contatos com o novo veículo. O calouro terminou o dia na 15.ª colocação geral, com 1min20s982. "Hoje [ontem] a diferença foi de meio segundo. Amanhã [hoje] pode ser de três décimos. Eu preciso melhorar para entrar nesse bolo da frente", declarou Rubinho, que se mostrou ansioso com a proximidade de sua primeira corrida na Stock Car. O ídolo do automobilismo brasileiro usa a etapa deste fim de semana como preparação para a Corrida do Milhão, que acontece no dia 9 de dezembro em São Paulo, e garante o prêmio milionário ao vencedor.

Os melhores tempos atingidos ontem estão muito distantes dos registrados nas primeiras aceleradas da categoria em Curitiba. No dia 9 de outubro de 1989, o grid de largada teve como líder o então campeão da categoria, Fábio Sotto Mayor, com 1min32s127 – longos 12 segundos mais lento do que a versão 2012.

Em 1990, a marca foi batida pelo paulista Ingo Hoffmann, maior campeão da história da Stock Car, com 12 títulos. Na prova realizada no dia 19 de novembro, ele conquistou a pole position com a marca de 1min29s832. Naquele ano, Hoffmann viria a conquistar seu quarto campeonato nacional.

Para o experiente Nonô Figueiredo, de 31 anos, sendo 27 dedicados às pistas, essa "é uma evolução natural do automobilismo". Para ele, o incentivo financeiro que a Stock Car recebeu nos últimos anos foi decisiva nessa quebra de tempos. "Hoje nós temos um carro, tecnicamente falando, muito alto, do ponto de vista de pneus, de motor, freio, de conjunto de suspensão. E isso tudo reflete nessa diferença de 15, 20 anos atrás até agora."

A revolução em termos tecnológicos deixou para trás as velhas marcas ao mesmo tempo em que aumentou a competitividade do campeonato. "Eu ainda guio este carro como se estivesse um pouco apressado. Chego um pouco lento, freio um pouco dentro demais. Tenho de respirar e ver o que o carro oferece para mim. O problema é que é um negócio muito competitivo, em um décimo tem uma pancada de gente", afirmou Nonô.