Da intensa rejeição inicial ao indício de uma possível torcida. O impacto negativo da transformação do J. Malucelli em Corinthians Paranaense empata com a aprovação do novo clube e um levantamento feito essa semana mostra ainda um potencial positivo de fãs para o "Timãozinho das Araucárias". A pedido da Gazeta do Povo, o Instituto Paraná Pesquisas ouviu 515 moradores de Curitiba sobre a nova personalidade do caçula do futebol local.
Após ser alvo de críticas generalizadas uma enquete realizada há uma semana pela Gazeta do Povo Online registrou que 78% dos leitores não gostaram da iniciativa , o público mostrou-se menos refratário à parceria Jotinha-Timão.
De acordo com a Paraná Pesquisas, há um empate técnico entre favoráveis e contrários considerando a margem de erro de 4,5%: 38,64% aprovam e 42,91% rejeitam a decisão motivada por uma outra pesquisa do Instituto.
Em dezembro, o maior levantamento feito sobre a paixão clubística dos paranaenses, com 101 mil entrevistas, revelou o Corinthians como o líder do estado, com 12% da preferência. O número inspirou Joel Malucelli, presidente do time paranaense.
"Não tínhamos mais para onde ir. O nosso auge de torcida foi em 2000, quando ainda éramos o Malutrom e fomos campeões da Série C (ou o módulo Verde e Branco) da Copa João Havelange. Com todos aqueles resultados e aquela mídia chegamos a 1%. É muito pouco", relembrou o dirigente.
Para um time órfão de torcedores, um dado obtido pela pesquisa pode ser um consolo. Ao serem questionados sobre a intenção de torcer para o Corinthians-PR, 76,12% declararam que não torcerão e 16,31% disseram sim. Parece pouco, mas não é, na avaliação do presidente da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo Lopes de Oliveira.
"É um número muito alto. É maior do que a torcida do Paraná Clube em Curitiba, que é de 9,08%. Claro que são simpatizantes e não são torcedores. Mas se o clube souber trabalhar bem o marketing e conseguir formar um time vencedor, com resultados importantes, pode fidelizar uma parte desse público. Se conseguir 20% desses 16% já é muito para quem não tem nada", analisou Oliveira.
A avaliação por torcida surpreendeu o próprio Malucelli. Após receber o repúdio de facções regionais da organizada Gaviões da Fiel, ele não esperava mais do que 30%, ou 40% de simpatia dos corintianos. Na avaliação por torcedores, 61,90% de fãs do time paulista declinaram o propósito de torcer pela versão paranaense.
O colunista da Gazeta do Povo Carneiro Neto não confia neste apoio. "Analisando sobre o ponto de vista do paranismo, a decisão de criar o time foi humilhante para um estado emergente como o nosso, que luta com dificuldades contra os grandes. É um projeto para longuíssimo prazo. Não sei se o Joel estará vivo para ver os resultados. O Colorado, por exemplo, fez fusão com o Pinheiros para formar o Paraná. Se formos olhar os números do Tricolor, não são muito maiores do que os do Colorado. Não é fácil fazer uma torcida", opinou.
Malucelli também admite seus receios. "Os jogadores estão animados por jogarem no Corinthians, que tem muito mais apelo do que o Jota. Mas pode ser que eu não consiga promover o time, nem motivar um pouco mais o futebol paranaense, nem ter torcida nos jogos no interior e nem tornar o projeto auto-sustentável", afirmou o empresário, que espera registrar o time na Junta Comercial do Paraná nesta semana.
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