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O lance foi inocente. Com o intuito de interceptar um contragolpe do Paraná, Dagoberto cometeu falta no meia Marcel. No momento, aos 29 minutos do primeiro tempo, apesar de acusar o golpe, o jogador deixou o campo de maca, mas voltou em seguida para a partida. Dez minutos depois, contudo, após dar uma arrancada pela direita, o camisa 11 esboçou um drible no marcador e caiu no gramado segurando o joelho esquerdo.

Os exames feitos logo após a partida do dia 18 de outubro de 2004 diagnosticaram: rompimento do ligamento cruzado anterior. Cinco meses de recuperação, que só foram acabar há pouco mais de um mês.

Drama

O maior drama da carreira do jovem craque iniciou há exatamente um ano e 12 dias. O adversário era o mesmo Paraná; o estádio, a Arena. Mas para Dagoberto, no clássico de hoje, a única coincidência possível é o fato de que, após a contusão, sempre que o atacante esteve em campo o Furacão saiu vitorioso – até agora foram seis jogos, contabilizando o Atletiba de julho, quando o jogador entrou e sofreu uma lesão muscular.

"Aquilo foi uma coisa da vida. Acontece. Mas já passou, não lembro mais disso. Para mim a partida de hoje será como outra qualquer. Vou entrar para fazer o melhor e sair com a vitória", afirma o atleta, que prefere pensar em seu retrospecto positivo. "A derrota contra o Fluminense não tem nada a ver com o fato de eu não ter jogado. Uma hora a gente ia ter de perder. Foi uma coincidência. Mas espero que a coincidência das vitórias comigo em campo também continuem", brinca.

Como a fatídica partida do ano passado, Dagoberto espera um jogo bastante movimentado, mas com um resultado diferente daquele 1 a 1. "Com certeza será um jogo bom e movimentado. Sempre foi assim. Ainda mais agora que as duas equipes precisam da vitória para se recuperar dos tropeços recentes."

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