As emoções que Dagoberto vem despertando no torcedor atleticano não devem se resumir às quatro linhas. Um dia após o atacante pedir, em entrevista à Gazeta do Povo, uma valorização condizente com o seu futebol, a diretoria rubro-negra de uma resposta nada animadora para o jogador.
"O Dagoberto quer um salário que nem o Real Madrid pagaria", afirmou o presidente do Furacão, João Augusto Fleury. Atualmente, o xodó rubro-negro recebe cerca de R$ 27 mil.
A partir do momento em que retornou aos gramados contra o Galo Maringá, dia 5 de fevereiro , o ídolo da galera atleticana se encheu de razão. Foram cinco jogos e cinco vitórias, com a maioria dos gols partindo de seus pés, quando não marcados por ele, o que ocorreu três vezes. Desempenho espetacular que já fez surgir o termo "Dagodependência", cunhado para representar a importância do camisa 11 para o time.
Entretanto, segundo Fleury, a questão não é valorizar o bom momento do atleta. Para ele, Dagoberto é quem deve reconhecer o que o Atlético fez.
"A dedicação do clube para com o jogador é inquestionável. Ele evoluiu muito tecnicamente, teve reconhecimento nacional, e quando machucou-se, proporcionamos a melhor terapia possível", disse.
"Queremos apenas prorrogar o contrato pelo tempo em que ele ficou parado. O que não significa que o Dagoberto não terá o aumento de salário".
Em se tratando do tempo, foram necessários um ano e três meses para a recuperação, e o contrato que vai até 2007, deveria ser prorrogado até 2009 considerando os objetivos da diretoria.
O presidente afirmou que o Atlético já fez uma proposta verbal de renovação, mas até agora não obteve qualquer resposta do atacante. A falta de entendimento partiria da Massa Sports, empresa que gerencia a carreira de Dagoberto. "Eles fazem ouvidos moucos, não querem discutir", alega Fleury.
Discussão que terá de acontecer em breve. Apesar de ter vínculo por mais um ano, a partir de julho, de acordo com a legislação brasileira, o valor da multa contratual cai para 20% do original. Dessa forma, o jogador poderia rescindir unilateralmente o contrato, bastando pagar a multa. "Tenho confiança nele. Não acredito que isso aconteça", prevê Fleury.
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