Se na esfera jurídica a longa novela entre Atlético e Dagoberto ainda pode render alguns capítulos, da parte do atacante o Furacão já é passado. Ontem, no fim da tarde, o jogador concedeu entrevista coletiva para colocar o seu ponto final na história vivida na Baixada. Em quase uma hora em frente dos microfones, ele deu suas versões sobre as muitas turbulências desde a contusão em 2004, negou que esteja acertado com o São Paulo e, principalmente, aproveitou para alfinetar Mário Celso Petraglia.
Nas palavras de Dagoberto, o dirigente foi o responsável pelo tratamento de "escravo", "cachorro", pela "humilhação" sofrida por ele desde o início da confusão envolvendo a renovação de seu contrato. "O Petraglia foi a pior coisa na minha vida", comentou lembrando a declaração do presidente do conselho deliberativo do Furacão, que disse ter sido o jogador a pior experiência dos 12 anos à frente do clube.
O relacionamento conflituoso que se estendeu à torcida, segundo o atleta, também foi provocado por Mário Celso Petraglia. "Ele conseguiu fazer de uma coisa que era para ser perfeita algo muito ruim. Fico triste em sair mal com a galera", disse, revelando não temer um encontro com os atleticanos na Arena, agora na posição de adversário. O dirigente foi procurado pela reportagem para comentar as declarações, porém, conforme a assessoria de imprensa do clube, irá se manifestar apenas através do site oficial.
Na terça-feira, Dagoberto efetuou o depósito em juízo de R$ 5,46 milhões numa conta da Caixa Econômica Federal, valor referente a 20% da multa do contrato, rescindindo assim unilateralmente o compromisso com o Furacão.
E ontem, um ofício assinado pelo juiz Paulo Ricardo Pozzolo, da 8.ª Vara do Trabalho de Curitiba, foi enviado à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) comunicando a liberação do jogador para assinar com outra equipe. "Tenho que agradecer a Deus o fim dessa novela. Agora vou tocar a minha vida".
Hoje ele amanhece oficialmente sem clube, porém, isso deve durar muito pouco. Embora Dagoberto desminta o acerto com o São Paulo, é dada como certa sua transferência para o Morumbi. "Hoje todo mundo quer jogar no São Paulo, Santos e Internacional. Por enquanto são apenas conversas, mas meu objetivo é atuar no futebol brasileiro", disse.
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