Não fosse pela manobra jurídica do Atlético, que conseguiu na Justiça a prorrogação do vínculo de Dagoberto por 250 dias, hoje o contrato do atacante entraria no último ano e qualquer clube brasileiro poderia levá-lo bancando a baixa multa rescisória de R$ 5,4 milhões.
Após o caso parar nos tribunais, e provisoriamente a multa para transferências nacionais permanecer em R$ 16,2 milhões (a internacional é de US$ 27 milhões e não muda de acordo com o prazo), o futuro do jogador se tornou incerto. A primeira audiência sobre o caso está marcada para o dia 10 de agosto.
A novidade da semana é que Dagoberto deve ser reintegrado ao elenco. Pelo menos o técnico Oswaldo Alvarez, que começa a trabalhar com o time amanhã, parece contar com isso. "Vou conversar com a diretoria e ver como está o problema. Mas é um jogador que teve uma passagem brilhante comigo (em 2003) e é óbvio que pode ser importante", afirmou Vadão.
No que depender do clube, Dagoberto deve mesmo voltar. Aliás, foi por discordar da determinação de reintegrar o atacante, por quem se sentiu desrespeitado, que o técnico Givanildo Oliveira pediu demissão sexta-feira.
O que até agora não ficou claro é de quem partiu a decisão de não escalar o jogador há duas semanas. Givanildo garante ter tomado a atitude por conta própria, enquanto Dago sustenta que ouviu do próprio técnico a justificativa de que seria uma ordem da diretoria.
Mesmo que o atacante seja escalado, segue a disputa nos tribunais. Aliás, as duas partes tem como prioridade resolver a pendenga jurídica e dizem ser difícil pensar no futuro por enquanto.
Hoje o juiz responsável pelo caso vai analisar novamente os argumentos da defesa e pode conceder uma liminar favorável ao atleta. Porém, segundo Naor Malaquias, da Massa Sports, empresa que gerencia a carreira de Dago, não seria interessante para o jogador deixar o clube antes de uma decisão definitiva. "Ele não quer sair do Atlético apoiado em uma liminar. São decisões que podem mudar a qualquer momento", explicou.
O presidente atleticano, João Augusto Fleury, diz que é impossível analisar no momento se o ideal é vender ou ficar com o jogador. "Agora temos de resolver esta pendência, mas o Atlético sempre se mostrou aberto a qualquer proposição. Também sabemos que uma negociação não depende exclusivamente dos clubes", explicou.
Como nenhum dos lados parece disposto a ceder mais do que já fez, e a audiência do dia 10 ser apenas conciliatória, a disputa parece estar longe do fim. Se nada mudar, a nova data para o contrato entrar no último ano é 30 de março.
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