Nesta sexta-feira, Daiane dos Santos enviará à Federação Internacional de Ginástica (FIG) um documento manifestando o interesse de ser ouvida pela entidade. Embora pudesse ser representada por um advogado, a ginasta quer ir pessoalmente a Lausanne, na Suíça, para dar explicações à comissão disciplinar sobre o resultado do exame antidoping feito em julho. O teste fora de competição apontou a presença de furosemida, um tipo de diurético, na urina da atleta.
"Daiane quer ir. A nossa expectativa é que isso possa ser resolvido até o fim do ano. Não queremos que se arraste por muito tempo. Queremos ser o mais transparentes possível. Se houver uma advertência ou suspensão vamos aceitar, mas gostaríamos de ter a oportunidade de expor tudo o que aconteceu", disse Cristian Rios, advogado pessoal de Daiane.
Ele admite que a FIG pode agir com "mão de ferro", mas mantém a esperança de que o caso possa ser arquivado. Tanto, que evita falar sobre a possibilidade de entrar com recurso na Corte Arbitral do Esporte em caso de revés. O nome do profissional escolhido para conduzir a defesa da ginasta será mantido em sigilo.
"Provavelmente ele não falará sobre isso com a imprensa. Todos os esclarecimentos foram dados na entrevista coletiva. O que vamos expor à FIG são as circunstâncias do código e a circunstância diferenciada do fato. Há regras que excepcionalizam essa situação. Todo mundo é contra o uso de substâncias proibidas para ter benefício. Ela é, o Pinheiros é, o COB é. Mas não foi o caso dela. Não vamos expor antes nem a defesa nem os documentos, porque tem havido muita interferência. Surgem experts de plantão dizendo coisas".
Esta semana, o jornal gaúcho "Correio do Povo" publicou uma reportagem na qual a técnica Leda Ferri Nascimento, do Grêmio Náutico União, revelou que Daiane teria consumido o diurético Higroton em 1999, antes dos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg.
"É muita coincidência essa pessoa falar agora, confessar que ministrou uma substância proibida para uma atleta que era menor. Isso não era de conhecimento nem da Daiane nem de ninguém. Todos os exames feitos por ela nunca deram nada. Nós estamos atrás da íntegra do áudio para saber a motivação dessa pessoa e para podermos decidir se cabe processo", afirmou Cristian Rios.
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