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A noite de segunda para terça-feira não foi das melhores para Daiane dos Santos. A estrela da ginástica brasileira dormiu (mal) acompanhada pelo peso de ter sua classificação para a final individual do solo na dependência de uma performance ruim das concorrentes. Por sorte, ucranianas, russas e chinesas vacilaram e a brasileira confirmou a passagem para a grande decisão em sua especialidade, no sábado à tarde, pelo Campeonato Mundial, em Aarhus, na Dinamarca.

Tudo por conta de uma apresentação pouco inspirada na etapa de classificação, que valeu à líder do ranking no solo apenas o quinto lugar, com 15.050 pontos, posição arriscada para a disputa de uma final em que chegariam as oito melhores.

"Eu fiz o que tinha de fazer. Não tive problema com as acrobacias. Foram erros de execução e postura. Além disso, tem o fato de a nota de partida (grau de dificuldade) da minha série de exercícios ser um pouco menor, o que dificultou um pouco", revelou Daiane, que terminou a eliminatória em oitavo.

A atleta não viveu plenamente a aflição de ter de secar as concorrentes. Treinando com o time feminino para a final por equipes, Daiane foi conferir se estava dentro ou fora do solo individual pela internet, somente ao final dos trabalhos.

"Eu já tinha feito uma previsão do que poderia acontecer e sabia que a competição estava bem difícil. Felizmente deu tudo certo", disse.

Agora é caprichar para que na hora da definição os erros não se repitam. Principalmente na parte de dança, onde a ginasta teve desconto na nota segunda-feira.

"Tive um salto que não valeu, tenho de corrigir. No mais, é tomar cuidado para fazer o melhor na hora e esperar para ver", comentou Daiane, sobre o caminho em busca do segundo título mundial – o primeiro foi em 2003, em Anaheim (EUA).

Porém, antes disso, hoje, a partir das 14 horas, já tem conquista em jogo para o Brasil. A seleção brasileira feminina participa da final por equipe, em que as atletas concorrem nos quatro aparelhos – salto, trave, barras assimétricas e solo. Na etapa classificatória, Laís Souza, Daniele Hypólito, Daiane dos Santos, Bruna da Costa, Camila Comin e Juliana Chaves ficaram na sétima posição geral entre 23 equipes, chegando à final contra Estados Unidos, China, Ucrânia, Rússia, Romênia, Austrália e Espanha.

Melhor atleta do time feminino, com a quinta colocação no geral (15.150 pontos) e classificada para quatro finais, Laís Souza está confiante numa boa apresentação brasileira, e não teme a responsabilidade de entrar como destaque.

"Será um dia longo, e acredito que muito bom para nós. Estou tranqüila, pois vou competir para mim, não para o meu pai ou para a imprensa", revelou.

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