O árbitro Paulo José Danelon admitiu o envolvimento no esquema de manipulação de resultados. Em depoimento nesta quarta-feira, na Superintência da Polícia Federal, em São Paulo, o juiz disse que interferiu em três partidas do Campeonato Paulista deste ano.
Danelon, que depôs durante mais de seis horas, disse ter recebido R$ 10 mil por cada jogo que manipulou. As partidas que ele fraudou foram a vitória do Corinthians por 3 a 0 sobre a Ponte Preta (a favor do Corinthians), o empate do Guarani por 1 a 1 com o Atlético Sorocaba (empate ou vitória do Sorocaba) e a vitória do União São João em cima da Portuguesa Paulista por 1 a 0 (o União deveria vencer).
Segundo o advogado do juiz, Paulo Bonini, um sujeito conhecido como Daniel (a PF ainda investiga o seu envolvimento com o escândalo) teria procurado o árbitro para entrar no esquema. Como devia cerca de R$ 7.500 para essa pessoa, Danelon acabou aceitando.
A última partida, entre Portuguesa santista e União, tem influência direta no resultado final da competição, já que a equipe de Santos, caso tivesse vencido, não teria caído para a Segunda Divisão do Campeonato Paulista. O título do São Paulo não seria influenciado.
Benini ainda afirmou que o primeiro convite para Danelon participar do esquema foi no jogo em que o Santos perdeu por 1 a 0 para o Guarani. Ele teria que favorecer o Peixe, mas o Bugre jogou muito bem e atrapalhou o esquema.
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