De ânimo renovado, Furacão vence e instala crise no Palmeiras

Sob o comando do veterano Antônio Lopes, o Atlético apresentou um futebol eficiente e aproveitando a fragilidade momentânea do Palmeiras venceu o jogo por 2 a 0 na tarde deste domingo no Palestra Itália. Com o resultado, o Atlético soma três pontos importantíssimos fora de casa e atinge a marca de 11 pontos em sete jogos disputados.

O técnico Antônio Lopes levou a campo um Atlético bem diferente dos últimos jogos. Na zaga o comandante do Furacão promoveu a entrada do jogador Gustavo no lugar de João Leonardo, com Nei atuando pela direita na vaga de Jancarlos e Michel assumindo a vaga na ala-esquerda. Na meia cancha, além da entrada de Valencia no lugar de Erandir, Edno ficou com a vaga de Thiago – vetado pelo Departamento Médico. As mudanças surtiram efeito e com uma apresentação excelente do goleiro Guilherme, o Atlético colheu os louros da vitória.

O jogo foi recheado de emoções, com gols anulados para os dois lados, duas bolas na trave para o Furacão, uma para o Plameiras e grandes defesas de Guilherme. A torcida da casa vaiou e criticou a diretoria e os jogadores, mas conscientes das limitações do time, poupou o treinador Caio Junior.

O jogo

Os primeiros minutos de jogo mostram as duas equipes se estudando e tentando escolher a melhor opção de ataque. O Atlético mantinha a bola no seu campo de ataque e o Palmeiras, mesmo jogando em casa, conseguia trabalhar a bola usando o contra-ataque como principal alternativa.

O Atlético viu as melhores chances serem criadas pelo adversário. Aos 3 minutos Edmundo fez o cruzamento em uma cobrança de escanteio e Nem cabeceou com perigo. O Atlético só chegou com relativo perigo aos 11, quando Valencia tabelou com Alan Bahia e cruzou para a área. Ninguém apareceu para completar para o gol.

Aos poucos o Palmeiras foi equilibrando as ações e passou a criar boas chances de abrir o marcador. Aos 23 minutos Paulo Sérgio recebeu o passe, fintou a marcação e fez o cruzamento perigoso para Max, mas Guilherme fez uma linda defesa e evitou o lance de perigo para o Palmeiras. A pressão continuou e aos 24 Edmundo cobrou o escanteio e Nem cabeceou com força no travessão atleticano.

1 a 0

O Atlético esboçou uma reclamação quando aos 26 minutos Alex Mineiro foi puxado pelo zagueiro Nem dentro da área palmeirense, mas o árbitro Álvaro Azeredo Quelhas não marcou nada e mandou o jogo seguir. A partir dali o Furacão cresceu um pouco no jogo e depois de uma jogada bem trabalhada conseguiu abrir o placar. Aos 34 minutos Edno foi lançado pela esquerda, entrou na área e deu um eficiente drible no goleiro Diego Cavalieri, antes de tocar nas redes palmeirenses.

O Palmeiras partiu para cima tentar o empate, mas o Atlético soube se fechar e administrar a vantagem. Para piorar a situação dos anfitriões, o goleiro Guilherme estava bastante inspirado e aos 41 minutos espalmou com muita habilidade um chute fortíssimo e bem colocado do estreante Max. Foi a última chance efetiva de gol no primeiro tempo.

O camisa 1 do Furacão deixou o gramado satisfeito. "Precisamos manter a pegada do primeiro tempo e não podemos relaxar e deixar eles empatarem. Vamos manter o ritmo e tentar o segundo gol. Essa foi a mesma opinião do zagueiro Gustavo. "É um resultado importante. Fizemos o gol e jogar aqui é difícil, principalmente porque eles estão numa situação complicada. Precisamos voltar ainda mais atentos e não tomar o gol".

Segundo tempo

Para a etapa final, tentando ganhar mais mobilidade e velocidade no setor criativo, o técnico Caio Junior colocou seu xará Caio em campo no lugar do zagueiro Edmilson. O técnico Antônio Lopes provou que gostou do desempenho do time e manteve a mesma escalação.

O alviverde paulista voltou com vontade e aos 2 minutos quase empatou o jogo. Max fez uma linda jogada, driblou dois marcadores e em velocidade chutou cruzado para nova grande defesa de Guilherme. O atacante, que estreou neste jogo, ainda teve mais uma chance de marcar, mas a defesa do Atlético se mostrou bem postada em campo.

2 a 0

O Atlético voltou a equilibrar as ações com o passar dos minutos e aos 15 do segundo tempo aproveitou a bobeira da zaga paulista. Depois de um chutão do goleiro e uma bola espirrada, Alex Mineiro ganhou no jogo de corpo com o zagueiro Gustavo, entrou na área e tocou na bola com calma e categoria para vencer o goleiro Diego Cavalieri e marcar um golaço.

Logo depois, aos 16 minutos, Denis Marques recebeu um lançamento em condição legal, já que partiu do seu campo de jogo, mas o auxiliar José Carlos de Souza anulou a jogada.

O Furacão seguiu pressionando e aos 20 quase amplia sua vantagem. Denis Marques fez linda jogada, driblou a marcação e chutou rasteiro na trave direita de Diego Cavalieri. A bola bateu no poste e voltou nas costas do goleiro, quase indo para as redes. O Palmeiras respondeu em seguida em um cruzamento da esquerda. Guilherme saiu mal, Pierre cabeceou para o gol e em cima da linha Danilo tirou o perigo.

A pressão atleticana começou a prevalecer e o time paranaense conseguiu envolver os anfitriões. Aos 34 minutos Alex Mineiro recebeu o passe açucarado de Denis Marques e chutou, mas a bola bateu no travessão. O Palmeiras respondeu aos 38 com Max que primeiro chutou para a defesa de Guilherme. No rebote o atacante recebeu um passe e tocou nas redes, mas em posição de impedimento viu seu gol ser anulado.

Antes do apito final, o Atlético "conseguiu" perder um gol feito. Alan Bahia recebeu um passe caprichoso e ficou cara-a-cara com o goleiro Diego Cavalieri. Sem saber o que fazer, o volante esperou a chegada de Alex Mineiro e quando fez o passe, o artilheiro do Furacão estava em impedimento, já que havia apenas um jogador do Palmeiras entre a bola e a linha de fundo. A torcida do Palmeiras gritou contra o time e a diretoria, mas poupou o técnico Caio Junior.

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