A grande dúvida sobre Paulo Baier quando começou a temporada era se ele seria útil o suficiente para o Atlético, a ponto de justificar a renovação de contrato. A lógica era simples. Em 2012, Baier foi útil como um homem de segundo tempo e de partidas não sequenciais. Um ano mais velho, a tendência seria render menos. Na prática, está rendendo mais.
Baier recebeu uma base física excepcional e sobre essa base tem aplicado seu talento. O resultado se vê em partidas como o Atletiba, jogo, por sinal, em que Baier nunca tivera um retrospecto muito bom. O futebol jogado por Paulo Baier é a melhor indicação de que ele merece mais uma prorrogação de contrato. Pelo menos pelo período máximo da Libertadores, com uma cláusula que preveja a ruptura caso o Atlético seja eliminado mais cedo. Seria o investimento em um jogador que, bem preparado, está sendo decisivo.
O Coritiba saiu do Atletiba com um caminho para seguir. Firmeza defensiva, organização no meio, rendimento melhor de jogadores em dívida, reação com um a menos. É um quadro que precisa sobreviver ao mundo à parte do clássico e que precisa evoluir para, com a volta dos titulares machucados, permitir ao Coxa uma fuga segura do rebaixamento. Chamusca deu o primeiro passo.
A Vila Capanema é um estádio histórico, central, gostoso de ver jogo, mas que, claramente, precisa de cuidado. Tanto no gramado, pior a cada dia, mesmo com quatro meses de troca, e especialmente na estrutura. Os alambrados cederam pelo segundo domingo seguido e deixaram o estádio à beira de uma tragédia no Atletiba. Isso deve ser tratado com muita seriedade pelo Paraná e pelas autoridades. Não dá para brincar com a sorte ou com a vida dos torcedores.
Quando perdeu para o Oeste, Dado Cavalcanti falou em reinventar o Paraná. De lá para cá, só se viu algo novo contra o Paysandu. No geral, o Tricolor perdeu o que tinha de bom e não acrescentou nada relevante. O mais prudente é retomar aquilo que deu certo: a marcação sob pressão, a saída em velocidade, a consistência defensiva. No momento, o Paraná tem de ser o mais conservador possível dentro daquilo que construiu para não deixar escapar um acesso certo e merecido.
Domingo, na saída da Vila, Tcheco ameaçou o repórter Gustavo Marques, da 98 FM. Sentiu-se atingido por uma pergunta feita na coletiva do Chamusca. A pergunta, sobre se ninguém havia alertado o treinador sobre o histórico de Escudero, não fazia menção alguma a Tcheco. Tcheco não ouviu a pergunta, foi avisado por telefone por alguém.
Tcheco tem uma namorada jornalista. Deveria saber a gravidade de acusar alguém sem ouvir o que a pessoa falou. Como ser humano, deveria saber o tamanho do erro que é ameaçar alguém de agressão e perseguição profissional. A quem desinformou Tcheco sobre a pergunta, a recomendação é ler mais sobre a história do Brasil: não há figura mais asquerosa, desprezível e danosa do que a do delator.
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