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A Costa do Marfim tem fama de "jogar de nariz empinado" por sempre ser considerada favorita na Copa Africana de Nações. Nesta segunda-feira (11), o segundo rival do Brasil na Copa do Mundo deu razão aos críticos: apesar de dominar completamente a partida, a equipe de Drogba desperdiçou várias chances de gol e não saiu do 0 a 0 com a Burkina Faso, pela abertura do Grupo B do torneio continental, em Cabinda, cidade que ficou marcada pelo atentado à seleção de Togo antes de o campeonato começar.

Favoritos ao título em Angola, os Elefantes jogaram bem no primeiro tempo e criaram chances de marcar, sem sucesso. Na etapa final, o time de Vahid Hallhodzic diminuiu o ritmo e, com a pinta de que mataria o jogo quando quisesse, não conseguiu vencer. Nesta segunda, a rodada seria completada com a partida entre Togo e Gana. Mas, após os togoleses terem retornado ao seu país por causa do ataque sofrido, a Confederação Africana de Futebol (CAF) confirmou que o time de Adebayor está fora da competição. Assim, o Grupo B ficará só com três seleções.

A Costa do Marfim enfrentará o Brasil em 20 de junho na Copa do Mundo, em Joanesburgo, pela segunda rodada do Grupo G. Na estreia, os Elefantes pegam Portugal, cinco dias antes. A seleção fecha sua participação na primeira fase do Mundial contra a Coreia do Norte, em 25 de junho.

Domínio total dos ‘Elefantes’ em Cabinda

Os primeiros 45 minutos foram de domínio total da Costa do Marfim. O goleiro Barry pouco foi incomodado, enquanto Diakite, de Burkina Faso, não conseguiu descansar e teve que ficar atento. A seleção de Drogba teve 68% da posse de bola no primeiro tempo e deu 11 chutes a gol, contra nenhum do rival.

Hallhodzic escalou o rival do Brasil na Copa no 4-3-3 com Barry, Eboué, Kolo Touré, Bamba e Tiéné; Zokora, Yaya Touré e Tiote; Gervinho, Drogba e Koné. Kalou, companheiro de ataque de Drogba no Chelsea, começou no banco.

Pelo lado direito, com o ofensivo lateral Eboué (do Arsenal), surgiam as melhores jogadas dos "Elefantes". Gervinho caía mais por este setor, mas durante o jogo passou a revezar com Drogba, bem marcado pela esquerda.

Logo aos dois minutos, o craque do Chelsea foi derrubado na área. Pênalti não dado. Aos cinco, Koné arriscou de fora da área, rente ao travessão. Era o início da pressão da Costa do Marfim. Aos 15, Gervinho cruzou da direita, e o baixinho Koné tocou de cabeça, para fora.

Quatro minutos depois, Zokora chutou de longe, Diakite rebateu mas conseguiu salvar Burkina Faso. Aos 26, após cobrança de falta, Bamba tocou de cabeça, a zaga de Burkina salvou em cima da linha, mas ninguém dos "Elefantes" conseguiu pegar o rebote. Mais dois minutos, Eboué tabelou com Gervinho pela direita e bateu cruzado, para fora. A melhor oportunidade saiu aos 42: Drogba deu belo passe, de primeira, para Koné, que entrou na área, cara a cara com Diakite, e chutou, mas o goleiro colocou para escanteio.

No segundo tempo, marfinenses diminuíram o ritmo, mas continuaram dominando. Koné recebeu de Yaya Touré na entrada da área e bateu colocado, mais uma vez rente à trave. Em uma cobrança de falta, aos 22, Burkina Faso assustou pela primeira vez: Dagano bateu de longe, o goleiro Barry foi esquisito e defendeu.

No contra-ataque, bela jogada de Gervinho, que driblou um zagueiro quase na linha de fundo e rolou para Koné, que pegou mal na bola e mandou para fora. Logo depois, Hallhodzic parece ter perdido a paciência com Koné e o tirou de campo, colocando Keita. Em seguida, o técnico trocou Gervinho por Kalou.

Assim, o ataque passou a ser formado por Drogba, Kalou e Keita. Mas o resultado foi o mesmo: jogadas criadas, chutes a gol, mas nada da rede balançar. Agora, a Costa do Marfim só poderá comemorar um gol contra Gana, na próxima sexta-feira (15), pela segunda rodada.

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