São duas as chances. Buscar na internet por imagens sensuais e assistir a manobras radicais. Ou tentar se atualizar dos resultados do surfe feminino e encontrar a história de uma garota de programa. O lançamento, hoje, do filme Bruna Surfistinha, torna a segunda opção muito mais provável e reaproxima na web a história da ex-prostituta da trajetória da tímida surfista paranaense Bruna Schmitz.
"Quando eu soube do filme, sabia que esse assunto ia voltar à tona. Mas não me afeta, não", afirma a principal atleta da modalidade do estado. Hoje, ela se diz tranquila com o chama de "uma grande coincidência" entre o seu nome de batismo, escolhido em Salto do Lontra e a vocação para o surfe , e o pseudônimo adotado pela mulher que ficou famosa por contar detalhes das suas experiências sexuais em um blog.
Há cinco anos, porém, a popularidade virtual da Surfistinha de codinome, acabou atrapalhando a surfista de verdade. Em 2006, uma grande empresa de cosméticos desistiu de patrocinar a paranaense. Ao procurar referências da atleta no Google, encontrou uma maciça exposição da prostituta. "O cara ficou preocupado e recuou", explicou Rodrigo Tusca, agente da Bruninha, como é conhecida.
Fora isso, "só houve algumas piadas, mas nada que atrapalhasse minha carreira", garante a atleta Bruna. O fato de rodar o mundo para competir também ajudou. "Como eu vivo mais fora do que no Brasil, lá no exterior ninguém sabe dela, do livro [O Doce Veneno do Escorpião, publicado em 2005] ou do filme", acrescenta.
No mesmo dia em que a película estrelada por Débora Secco ganha as telas, Bruna recomeça seu projeto de voltar à elite do surfe mundial. Após por dois anos na divisão principal, o fraco desempenho em 2010 a levou de volta para o torneio de acesso. "Fui convidada para participar da primeira etapa do WCT [Primeira Divisão] aqui na Gold Coast, neste sábado [amanhã] na Austrália, sexta-feira [hoje] no Brasil. Estou me preparando para esse evento, pois quero muito me dar bem. Depois, vou focar nos treinamentos durante todo o primeiro semestre. Não terei mais do que três, quatro campeonatos até junho, julho. Por isso quero viajar muito e encontrar ondas perfeitas para desenvolver mais a minha técnica e criar novas manobras", planeja.
Musa
Antes do compromisso nas ondas, Bruna encarou um desafio diferente. Ela foi a única atleta brasileira escolhida para figurar na edição Swimsuit da revista Sports Illustrated. Um ensaio ousado, feito de maiôs e biquínis nem sempre a parte superior destes.
"Foi muito legal. Fiquei em um castelo, em Calgary, no Canadá. O lugar é um dos mais lindos que eu já fui na vida. Estou acostumada com praia e nunca fui muito de conhecer regiões que têm montanhas e lagos. Foi maravilhoso. Fui muito bem tratada. Mas não tinha ideia do tamanho da repercussão no Brasil", revela.
Ela surpreendeu-se também com o badalado lançamento, em Las Vegas, na semana passada. "Até me assustei, na verdade. Nunca vi tanto fotógrafo na vida. Tinha tapete vermelho e tudo. Por eu ser menor de 21 anos, colocaram até um segurança o tempo todo colado em mim", conta.
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Após críticas, Randolfe retira projeto para barrar avanço da direita no Senado em 2026
Novo decreto de armas de Lula terá poucas mudanças e frustra setor
Câmara vai votar “pacote” de projetos na área da segurança pública; saiba quais são
Deixe sua opinião