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Sanxenxo, Espanha – A Volvo Ocean Race nem sempre desfrutou do mesmo status de hoje. Criada na década de 70, então como Whitbread, a regata sonho dos aventureiros aos poucos deu espaço para empreitadas cada vez maiores e profissionais. Mas esse caminho foi longo e ainda esta sendo construído.

na atual edição, os australianos do Premier Challenge encabeçaram o projeto de construção do barco com a promessa de patrocínio. Ficaram na mão. Tanto que nem participaram da regata costeira do último sábado, prova que deu início à Volvo. Eles chegaram em cima da hora por causa dos problemas financeiros. O déficit da equipe por enquanto é estimado em 3 milhões de euros.

Para evitar passar uma idéia de fragilidade e esvaziamento do evento – que já contou com duas dezenas de embarcações em volta do mundo –, a Volvo e o ABN AMRO intermediaram a negociação dos australianos com novos patrocinadores. O anúncio está previsto para hoje, na Espanha.

O apoio, mesmo às vésperas da largada, vai poupar a equipe de situações terríveis enfrentadas em regatas anteriores. Nos anos oitenta, não era raro barcos literalmente pedirem esmolas nos portos para pagar combustível, acomodações e comida.

Esse drama gerou até uma tragédia na edição 89/90. O comandante do barco russo Fazisi se matou em Punta del Leste, no Uruguai. Líder do projeto, ele sofreu muito com a falta dinheiro, que tornou a situação da tripulação precária, e se enforcou ao fim da primeira perna.

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