Igualar o desempenho no Brasileiro 2007 à melhor arrancada já vista no Atlético pode ser a última contribuição de dois ídolos rubro-negros na Arena. Marcão, esperado amanhã no Beira-Rio, e Alex Mineiro, cada vez mais cobiçado, jogam hoje, às 16 horas, contra o Santos atrás de uma seqüência rara. Uma vitória levaria o Rubro-Negro à marca de três triunfos consecutivos, série vista uma única vez em 28 participações na elite.
O sucesso aconteceu em 1991, quando a equipe virou a sensação do torneio ao bater Flamengo (3 a 0) e Grêmio (4 a 2) no Pinheirão e o Fluminense (2 a 0), nas Laranjeiras. Um dos segredos daquela equipe foi a experiência de jogadores como o goleiro Rafael, os meias Carlinhos e Éder Aleixo e o atacante André.
Experiência que hoje concentra-se justo em quem deve partir. Marcão e Alex Mineiro, ambos com 32 anos, são os veteranos do Furacão.
O jogo tem tudo para ser o último do zagueiro com a camisa rubro-negra. Com as bases contratuais acertadas, o jogador depende apenas de um acordo entre os clubes para defender o colorado gaúcho. Já o atacante, com 25 gols marcados nesta temporada, é sonho de consumo na elite nacional.
O Palmeiras já fez contato. O Fluminense entrou na briga na sexta-feira e confia no dinheiro da patrocinadora Unimed e o bom trânsito do coordenador de futebol Branco com o Atlético para levar o atacante. Outro com interesse declarado é o próprio Santos. Mas a urgência de registrar o reforço até amanhã por causa da Libertadores e as relações azedadas após a transferência de Marcos Aurélio para a Vila Belmiro seriam empecilhos.
O procurador do atacante, Marcelo Robalinho, prevê uma enxurrada de propostas oficiais a partir de sexta-feira quando a multa rescisória do jogador cai pela metade. Caso o Atlético não exerça sua preferência de cobrir as ofertas, o jogador se comprometeu em pelo menos jogar contra o Atlético-MG, no próximo sábado.
Enquanto os fãs torcem para os negócios desandarem, o Atlético aproveita enquanto pode. Quer a trinca histórica de vitórias (venceu o Figueirense e o Inter) para manter a liderança e ganhar fôlego até repor baixas insubstituíveis.
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