De virada, Atlético bate o Botafogo em casa por 3 a 2

Paulo César Carpegiani certamente não vai esquecer sua reestreia no comando do Atlético. De virada, o Furacão derrotou o Botafogo, por 3 a 2, na noite desta quarta-feira (2), na Arena da Baixada.

Com muitas falhas defensivas, o time da casa foi presa fácil para a equipe de Joel Santana no primeiro tempo. Herrera e Lúcio Flávio marcaram para o Alvinegro, que teve chances para um placar mais elástico. O decisivo Paulo Baier, ainda chegou a descontar na desastrosa primeira metade da partida.

No segundo tempo, tudo mudou. Cheio de confiança, o time empatou com Baier, desta vez de falta, aos dois minutos. O atacante Alex Mineiro fechou a suada virada rubro-negra (13/2º). Fahel e Wellington foram expulsos do lado dos visitantes, enquanto Wagner Diniz recebeu o cartão vermelho pelo Furacão.

Com o resultado, o Furacão sobe temporariamente para a 11ª posição, com 7 pontos. Na próxima rodada, os paranaenses enfrentam o Vitória, fora de casa, antes da parada para a Copa do Mundo.

Desastre nos primeiros 25 minutos

"O time está nervoso". A frase do capitão atleticano Paulo Baier, ao fim do primeiro tempo do confronto com o Alvinegro carioca, deu o tom de como foi a primeira metade da estreia do técnico Carpegiani. Com uma zaga perdida em campo, muitos erros de passe e pouquíssima criação de jogadas, o Atlético levou sorte ao ir para o vestiário perdendo por somente um gol.

O atacante Herrera, aos 11 minutos, começou a festa carioca. Ele apareceu livre em meio à zaga e tocou no meio das pernas do goleiro Neto para abrir o placar. No lance, Manoel também levou um drible entre as "canetas", enquanto Leandro escorregou.

Depois do gol, Carpegiani sacou o defensor Leandro e colocou o meia Branquinho, mudando o esquema do 3-5-2 para o 4-4-2. Só que a mudança não teve nem tempo para fazer efeito. Aos 25, Edno recebeu na área, ajeitou para Lúcio Flávio, que não teve dificuldade para ampliar.

Dois minutos depois, o também estreante Maikon Leite descobriu Paulo Baier na área, e o capitão rubro-negro descontou. Só que time continuou desequilibrado. Herrera quase marcou o terceiro, mas Rhodolfo se antecipou e impediu. Neto ainda teve trabalho em outros bons lances dos visitantes. O Atlético precisaria se acalmar para tentar reverter o jogo na segunda etapa.

Resposta depois do intervalo

Se era de confiança que o time rubro-negro precisava, ela veio na conversa com o treinador durante o intervalo. Mais importante, a calma, aconteceu logo aos 2 minutos. Em cobrança de falta perfeita, Baier fez o que sabe fazer de melhor: bola no fundo da rede, sem chance para Jefferson.

Totalmente diferente do primeiro tempo, o Atlético foi atrás do jogo. Correu e brigou. As coisas ficaram mais fáceis quando o ágil Maikon Leite foi derrubado por Fahel, que já tinha amarelo, e foi expulso. Logo depois, aos 13 minutos, Alex Mineiro bateu de fora, contou com o desvio na zaga, e comemorou a virada.

Com atitude, o Furacão continuou melhor no jogo. Chegou a perder outras chances - a melhor delas com Rhodolfo, que desperdiçou na cara do arqueiro adversário - e não foi mais ameaçado.

Muito pegada e repleta de faltas, a partida se arrastou até os 49 minutos com mais duas expulsões: Wellington, do Botafogo, e Wagner Diniz pelo Atlético. Pelo menos, no fim, toda a luta valeu à pena e Atlético chegou à segunda vitória no Campeonato Brasileiro.