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Ninguém pára o líder. No retorno ao Beira-Rio, palco da perda da Libertadores do ano passado, o São Paulo buscou uma vitória que parecia impossível. Diante de um Inter bem mais forte do que nos jogos anteriores, o Tricolor mostrou que só não será campeão brasileiro se ocorrer uma tragédia. A vitória por 2 a 1, de virada, talvez não tenha sido justa, mas foi brilhante. E de uma importância incalculável.

Com a vitória, o time paulista subiu para 63 pontos, mais líder do que nunca. O Inter, estacionado nos 36, vê a aproximação da zona de rebaixamento. Na próxima rodada, o campeão do mundo visita o Figueirense. O São Paulo encara o Flamengo no Rio. Os dois jogos são na quinta-feira.

Em campo, o Colorado das glórias

Foi uma partida digna dos dois últimos campeões mundiais. Era justamente do São Paulo que o Inter precisava para retomar os recentes tempos de glórias. Munidos das lembranças daquele 16 de agosto de 2006, histórico dia do titulo da Libertadores justamente sobre o time do Morumbi, milhares de colorados ficaram perto de lotar o Beira-Rio. Eles apoiaram o tempo todo. Na boa e na ruim. Dentro de campo, o time correspondeu. O Inter foi guerreiro. Teve aquela pegada que parecia desaparecida desde a virada do ano. Só faltou ganhar.

O São Paulo sucumbiu no primeiro tempo. Não que a turma de Muricy Ramalho tenha jogado mal. Não foi isso. A questão é que não tinha como ultrapassar a barreira formada pelo Inter a partir da metade do período. Antes, aos 21 minutos, Sorondo fez os vermelhos explodirem de felicidade. Em cruzamento de escanteio, ele cabeceou com toda a precisão do mundo. Belo gol. Foi o primeiro jogo do uruguaio no Beira-Rio.

A euforia tranformou-se em apreensão logo depois, quando Índio foi expulso ao receber o segundo cartão amarelo. Estava nas mãos do São Paulo a chance de encurralar o Inter. Mas não foi assim. Aliás, Fernandão só não ampliou aos 35 porque a bola teimou em não encontrar a rede. Após bela jogada de Alex, Gil cruzou na medida, e o capitão mandou o chute. Rogério Ceni, no intervalo de um segundo, rezou para todos os santos que ele conhece. E foi atendido. Incrível a bola não ter entrado.

A partir daí, o Inter ficou mais comedido. O Tricolor, com a posse de bola, tentou ameaçar, mas não era tão simples. Na base da pegada, os colorados sustentaram o empate.

Segundo tempo mais quente

O São Paulo voltou mais agressivo no segundo tempo. E o Inter tratou de manter o ritmo. Resultado: jogaço no Beira-Rio. Aos 12 minutos, Clemer fez defesa espantosa, nos pés de Miranda. Aos 15, Fernandão deu o troco. Ele entrou pela esquerda e deslocou Ceni. A bola saiu por pouco.

O clima ficou quente. Fernandão pediu pênalti. Alex pediu outro. A torcida ficou irada. Jogadores empurraram-se em campo. Edinho, no meio do gramado, dava socos no peito. Magrão fez o mesmo ao deixar o campo para ser substituído. Richarlyson discutiu com um gandula. Zé Luiz empurrou outro. Newton Drummond, diretor do Inter, quase peitou o árbitro reserva. Era o apogeu do clima de guerra montado pelo clube gaúcho.

Os vermelhos só não contavam com os gols do São Paulo. Aos 28 minutos, Diego Tardelli cruzou da direita e Edinho mandou contra o próprio gol. A torcida logo reagiu e voltou a cantar. Mas foi silenciada na seqüência. Borges aproveitou cruzamento e virou a partida no Beira-Rio. Estava consumada a histórica reação são-paulina. Fernandão ainda teve uma última chance, mas Ceni brilhou.

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