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Ganso

Fora da seleção desde a Olimpíada, o meia espera conquistar rapidamente a confiança de Felipão. Ganso pretende pavimentar o seu retorno com boas atuações na Libertadores. "Ainda não tive o prazer de trabalhar com o Felipão, mas sei do seu trabalho, da sua competência e estou na torcida para que ele tenha sucesso. Espero fazer grandes campanhas com o São Paulo para voltar a vestir a amarelinha", disse.

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Uma seleção mais marcadora, com o estilo que rotulou o técnico Luiz Felipe Scolari em toda a sua a carreira. De forma mais intensa ou mais branda, esta é opinião de como jogará o Brasil em 2013 para os ex-atletas Tostão, Rivelino e Carlos Alberto Torres. Tricampeões na Copa do Mundo de 1970, eles analisaram com exclusividade para a Gazeta do Povo o que esperar do time canarinho no ano que vem.

O treinador não terá vida fácil na temporada de reestreia. Os amistosos já confirmados contra a Inglaterra, no dia 6/2, em Londres; e no dia 2/6, no Maracanã; além da Itália, no dia 21/3, em Genebra; e França, no dia 9/6, em Belo Horizonte, mostram que a expectativa do técnico de enfrentar grandes adversários para testar a equipe deve ser confirmada. No total a CBF prevê 15 datas em 2013 para jogos da seleção brasileira, sendo que dois confrontos com Portugal devem ser incluídos neste período.

No dia 15 de junho começará o grande teste, com a estreia na Copa das Confederações. Na primeira fase o Brasil enfrentará Japão, México e Itália. Mas com que time? "É uma incógnita", admite Rivelino.

Para o Patada Atômica, Felipão não terá muito o que mexer na equipe, já que a atual safra de atletas não seria boa. "Não podemos falar o sistema tático, tem de esperar. Como será ele e o Parreira juntos?", indaga Rivelino, referindo-se a contratação do tetracampeão para coordenador técnico.

Para Tostão, colunista da Gazeta do Povo, muitas mudanças devem ocorrer na escalação e na forma de jogar, inclusive com a não manutenção da dupla de volantes formada por Ramires e Paulinho. "Ele provavelmente colocará um volante mais marcador, como o Ralf ou o Lucas do Liverpool. Há a possibilidade também de o David Luiz atuar às vezes de zagueiro ou de volante, dependendo do adversário. Em 2002 era assim com o Edmilson", explica o ex-atacante, lembrando também que Daniel Alves tem caído de produção e um lateral-direito mais marcador, como Maicon, tem chance de retornar.

Além de acreditar também na volta de um centroavante fixo, com Fred e Luís Fabiano sendo os favoritos e Leandro Damião correndo por fora, Tostão aposta no retorno de Ronaldinho Gaúcho, campeão mundial em 2002 e presente na campanha de 2006, como o camisa 10, restando a reserva para Oscar. Algo que o companheiro de time no México, o do famoso bigode, não acha uma boa ideia.

"Montar um time em cima do Ronaldinho é ruim. Tem de colocar ele para ser mais um, daí vai ajudar muito. Para a Copa das Confederações não sei se é interessante. Se em 2014 ele estiver bem, aí convoca", opina Rivelino.

Dúvida no gol

Para o gol, o ex-meia vê Cássio e Diego Cavalieri com uma vantagem sobre Jefferson e Diego Alves. Já o capitão do tri e autor do último gol na famosa vitória de 4 a 1 sobre a Itália em 1970 também vê uma possibilidade remota do retorno de Julio Cesar.

"Não há muito o que mudar. Não temos uma geração que o treinador se dê ao luxo de escolher muito", lembra Carlos Alberto Torres. "O Kaká é uma tentativa de ter um jogador experiente na seleção. Mas não foi convocado pelo que está jogando. É um grande atleta, mas seleção é momento", lembra o ex-zagueiro e lateral.

Mesmo com todas as dúvidas, a descrença popular e os poucos amistosos com adversários difíceis, o capitão do tri acredita em uma boa campanha na Copa das Confederações, a principal competição do ano que vem. "Pela tradição, a seleção entra em qualquer competição como favorita. Os próprios adversários sabem disso", finaliza.

PesquisaCuritibano aprova volta de Felipão e vê Brasil como favorito na Copa

Leonardo Mendes Júnior

Motivos de desconfiança para os tricampeões mundiais de 70 – e boa parte da torcida brasileira –, o retorno de Luiz Felipe Scolari e a chance de ele conduzir a seleção a hexacampeonato, ano que vem, são vistos com otimismo pelos curitibanos. É o que indica levantamento da Paraná Pesquisas, realizado com exclusividade para a Gazeta do Povo, entre os dias 13 e 16 de dezembro. O instituto ouviu 682 pessoas maiores de 16 anos e chegou a um resultado com margem de erro de quatro pontos percentuais.

Para os curitibanos, a troca no comando da seleção brasileira foi acertada do início ao fim. Segundo 55% dos entrevistados, a demissão de Mano Menezes foi acertada. Índice inferior apenas à aprovação do retorno de Felipão. A contratação do técnico pentacampeão mundial em 2002 teve o apoio 67,74% das pessoas ouvidas pela pesquisa. No mesmo pacote entre Carlos Alberto Parreira, o comandante do tetra, em 94, resgatado para ser coordenador técnico.

"A escolha do comando da seleção foi muito em cima da hora. Mas tanto o Felipão quanto o Parreira são experientes, já passaram por isso. Agora eles vão ter de trabalhar para encontrar o caminho certo, da vitória", diz o instalador Giatan Vicente de Lima, de 22 anos. "Confio mais no trabalho do Scolari, e acho que vai dar um bom resultado na Copa", acrescentou o atendente Luís Felipe Melo, de 21 anos.

Se o currículo na seleção faz com que a aprovação à volta de Scolari seja até certo ponto normal, o mesmo não se pode dizer da confiança do curitibano no desempenho do Brasil. Embora a seleção tenha fechado o ano em 18º no ranking da Fifa – sua pior colocação –, para 61,44% dos curitibanos a equipe é favorita ao título dentro de casa. Atual bicampeã europeia e campeã mundial, a Espanha aparece na sequência, com reduzidos 11,88% da preferência curitibana.

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