Estádio indicado para a Copa de 2014, proibição de aquecimento no gramado, preço de ingresso... Ultimamente qualquer assunto tem virado motivo para troca de farpas entre atleticanos e paranistas. Prova de que a rivalidade entre os dois times vem aumentando exponencialmente, principalmente após a queda do Coritiba para a Segunda Divisão nacional. Um sentimento que possivelmente viverá seu auge no duelo de hoje, às 18 horas, valendo vaga na decisão do Paranaense.
Palco do clássico, a Arena foi, recentemente, pivô de declarações nada amigáveis de lado a lado. Gastando todas as forças em defesa da indicação de seu estádio para sede da Copa de 2014, o homem-forte do Atlético, Mário Celso Petraglia, chegou a duvidar publicamente da inteligência do presidente paranista, José Carlos de Miranda, aliado da Federação Paranaense e do Pinheirão.
No gramado em que Petraglia ainda pretende ver jogos de Copa, o que ninguém verá hoje é aquecimento dos times, já que o mandante Atlético disponibiliza salas anexas aos vestiários destinadas especificamente para este fim. Determinação que levou a diretoria paranista a indicar a área atrás dos gols da Vila Capanema, que não possui salas de aquecimento, para o exercício do time rubro-negro antes do clássico da semana passada. Ao "invadirem" as quatro linhas, jogadores e preparador físico foram expulsos pelo superintendente do Tricolor, Ricardo Machado Lima.
Nesta partida os dirigentes atleticanos sequer estiveram presentes, alegando falta de conforto e segurança no estádio do rival. O assunto foi alvo inclusive de mais uma das "espirituosas" notas publicadas periodicamente no site oficial do Furacão. Para "tranqüilizar" os paranistas, o Atlético prometeu o mesmo tratamento vip de sempre, com direito até a canapés servidos no camarote.
Em outra nota, reclamações quanto ao ingresso de R$ 40 cobrado da torcida rubro-negra na Vila Capanema. Este também será o preço cobrado dos tricolores na Arena, mas com a justificativa atleticana de que o valor é equivalente ao que pagam os torcedores da casa no setor correspondente, enquanto que na Vila o ingresso para a torcida paranista era a metade do preço do cobrado dos atleticanos. O Paraná não quis comentar oficialmente o texto, mas nos bastidores a palavra hipocrisia foi usada mais de uma vez para definir a situação.
Em meio ao tiroteio, os jogadores parecem estar menos envolvidos no clima quente que tomou conta do confronto. Mesmo assim, não deixaram de dar suas contribuições para apimentar o jogo.
Do lado rubro-negro, numa daquelas declarações que tem o poder de irritar adversários, o zagueiro Danilo disse que "a responsabilidade é do Atlético, time grande, que não pode ficar fora da final do Paranaense por dois anos seguidos".
No Paraná, o meia Dinélson voltou a reclamar que o time rival e principalmente o volante Erandir, seu marcador individual abusou das faltas na partida de ida. No embalo, aproveitou para pedir mais rigor ao árbitro Héber Roberto Lopes do que teve Evandro Rogério Roman no domingo passado.
A diferença é que desta vez, jogando fora de casa e com a vantagem do empate, é o Tricolor que deve basear seu jogo na marcação. A pegada e os contra-ataques serão as principais apostas paranistas, enquanto o Rubro-Negro joga tudo na pressão da torcida. Estratégias para vencer e ter motivos, conquistados na bola, para cantar de galo na rivalidade.
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Em CuritibaAtlético x Paraná
AtléticoGuilherme; Nei, Danilo, Marcão e Netinho; Alan Bahia, Erandir, Evandro e Ferreira; Ricardinho e Alex Mineiro. Técnico: Oswaldo Alvarez.
ParanáFlávio; Alex, Daniel Marques, Neguette e Egídio; Xaves, Beto, Goiano (Joélson, Renan, Toninho ou João Paulo) e Dinélson; Vinícius Pacheco e Josiel. Técnico: Zetti.
Estádio: Kyocera Arena. Horário: 18 horas. Árbitro: Héber Roberto Lopes. Auxs.: Aparecido Donizete Santana e João Batista de Morais.
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