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Königstein – Criticada durante todo o período de preparação para a Copa do Mundo, a defesa da seleção brasileira está muito perto de igualar uma marca histórica. Se não sofrer gols contra Austrália e Japão, completará oito jogos de invencibilidade, algo que os pentacampeões mundiais não conseguem há 17 anos.

Nas últimas seis vezes em que entrou em campo, sempre com Juan e Lúcio no miolo da zaga e Dida no gol, o Brasil saiu ileso, sem buscar uma bola sequer no fundo da rede.

Somente em 1972 a equipe conseguiu a mesma invencibilidade. O único desempenho superior a esse foi registrado em 1989, sob o comando de Sebastião Lazaroni.

Naquele ano, o treinador trouxe uma novidade tática para a seleção – que acabou usada na conquista do penta por Luiz Felipe Scolari –, a formação com três zagueiros. Seus escolhidos eram Aldair, Ricardo Gomes e Mauro Galvão.

Com o trio e Taffarel no gol, o Brasil não foi vazado em seis partidas da Copa América, um amistoso e um jogo das Eliminatórias para o Mundial da Itália.

Na atual série invicta, a seleção também encarou um jogo da Eliminatória da Copa – coincidentemente a mesma Venezuela de 1989 –, disputou outro pela Copa do Mundo e todas as quatro partidas restantes foram amistosos.

Exceção à Rússia, derrotada por 1 a 0 em amistoso no início de março deste ano, os outros adversários da seleção foram equipes de qualidade duvidosa. Casos dos Emirados Árabes Unidos (8 a 0), FC Lucerna (8 a 0) e Nova Zelândia (4 a 0).

No geral, a dupla Juan e Lúcio apresenta uma performance pouco condizente com as críticas – e os sustos que provocam – às suas atuações. Desde que ambos jogaram juntos na Copa América de 2004 e novamente a partir de 17 de agosto do ano passado, em amistoso também contra a Croácia (1 a 1), a quantidade de gols sofridos pelo time tem sido digna de elogios. Em 16 partidas, a meta de Dida foi ultrapassada apenas em oito oportunidades. Uma excelente média de 0,5 gol por jogo.

Pelas estatísticas, a desconfiança nacional com a defesa é exagerada. Os números não mentem. Mas podem disfarçar a verdade.

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